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Política

Acusações de politicagem marcam apresentação da guarda

Redação | 04/09/2009 08:36

Acusações sobre uso de politicagem na condução do processo de renovação na corporação da Guarda Municipal marcaram os discursos da solenidade de apresentação do novo grupo, nesta manhã, em frente à Esplanada Ferroviária.

O secretário municipal de Administração, Jorge Martins, alertou os novos guardas sobre pessoas que podem estar "mentindo e ludibriando" a corporação, em nome de interesses políticos.

"Eu quero que vocês tomem muito cuidado com quem mente e ilude vocês, levam vocês para a Câmara para fazer demagogia política. Tudo que fizemos foi por obrigação de uma Lei, para cumprir a Constituição", disse.

A ordem, citada pelo secretário, foi dada pelo MPE (Ministério Público Estadual) que firmou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com a prefeitura, determinando que as novas contratações para a guarda municipal ocorram por meio de concurso.

A questão salarial, que está sendo contestada por alguns guardas municipais, também foi citada pelo secretário. Ele disse que a corporação vai receber todas as vantagens a que tem direito, mas que isso será feito de forma gradual.

O prefeito Nelsinho Trad (PMDB) também abordou o assunto "salário" em seu discurso. Ele alertou que os novos servidores municipais terão estabilidade, planos médico e odontológico, mas que precisam ter paciência, pois são os primeiros concursados e as políticas salariais sempre serão "novidade".

Tanto Jorge Martins quanto Nelsinho Trad foram duros em seus discursos, ao falar desta questão. O secretário disse que todos já entraram no concurso "sabendo o quanto iam ganhar". "Ninguém entrou aqui enganado", espetou.

Já Nelsinho Trad disse que "ninguém é obrigado a ficar na guarda, mas se ficar, vai ter que cumprir as regras".

"Se sair fora da linha, vai ter que encarar as penalidades previstas", avisou.

Hoje a Guarda é formada por cerca de 800 agentes que vão perder o cargo até 31 de dezembro. Na tentativa de reverter a situação, no dia 5 de março o grupo foi até a Câmara Municipal.

A corporação é formada por ex-policiais, civis, militares, Corpo de Bombeiros e também do Exército.

O prefeito alertou que quem quiser procurar seus direitos, precisa ir até o Ministério Público, que determinou a realização do concurso.

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