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Política

Advogado de Marquinhos diz ter gravação que comprova extorsão

Candidato foi intimado a depor na 3ª DP, mas faltou; defesa pediu adiamento por conta de compromissos de campanha

Anahi Zurutuza | 16/09/2016 18:35
Sede da 3ª DP, onde denúncia sobre chantagem está sendo investigada (Foto: Alcides Neto)
Sede da 3ª DP, onde denúncia sobre chantagem está sendo investigada (Foto: Alcides Neto)

Valdir Custódio, o advogado de Marquinhos Trad (PSD), diz ter gravações comprovando que o deputado estadual e candidato à prefeito de Campo Grande estava sendo extorquido por empresário da Capital. Ele afirma ainda ter entregado arquivos contendos os áudios à Polícia Civil na tarde desta sexta-feira (16).

Intimado a depor às 17h de hoje sobre a denúncia de que seria vítima de chantagem, Trad não apareceu na 3ª Delegacia de Polícia de Campo Grande. 

Um policial civil informou que a defesa do candidato apenas ligou para o delegado Geraldo Marin Barbosa, responsável pela investigação, dizendo que não poderia comparecer. O advogado, entretanto, explica que o comunicado foi feito formalmente, por meio de petição, e que o motivo da falta são os compromissos de campanha.

Nova data e horário devem ser marcados.

De acordo com Custódio, nesta tarde, na ocasião do protocolo do pedido de adiamento, ele aproveitou para entregar as gravações que provariam que o empresário Arnaldo Britto de Moura Junior e pela irmã dele, Sandra Britto de Moura, estariam chantageando Marquinhos. “São gravações de som ambiente e também áudios enviados pelo WhatsApp”, afirmou.

A investigação, por enquanto, corre em sigilo, segundo o advogado e portanto, o conteúdo das gravações não pode ser detalhado.

Empresário multado por doação irregular denunciou esquema de caixa dois na campanha de Marquinhos (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)
Empresário multado por doação irregular denunciou esquema de caixa dois na campanha de Marquinhos (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)

Denúncia 1 – Motivados por denúncia feita por Moura Junior, dono da 4 Rodas Som e Acessórios Ltda., a Polícia Federal e o Ministério Público Eleitoral abriram investigação sobre a formação de caixa dois e compra de votos na campanha de Trad para deputado estadual, em 2014.

Arnaldo alega ter sido usado como laranja para que doações ilegais fossem regularizadas e pudessem constar na prestação de contas do então candidato.

O empresário fez uma doação de R$ 50 mil para a campanha de Marquinhos daquele ano. No entanto, acabou multado em R$ 244.849,25 pela Justiça Eleitoral, pois o valor repassado ao comitê era superior ao limite determinado pela lei, de até 2% do valor declarado no imposto de renda.

Moura Junior diz que o dinheiro entregue ao candidato não era dele. Conforme relatos apresentados à Procuradoria Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul, o valor fazia parte de R$ 200 mil recebidos por Trad de outro empresário que não poderia aparecer na prestação de contas por já ter excedido o limite de doações.

Marquinhos diz estar sendo vítima dos seus adversários políticos (Foto: Alcides Neto/Arquivo)
Marquinhos diz estar sendo vítima dos seus adversários políticos (Foto: Alcides Neto/Arquivo)

Denúncia 2 – Já Marquinhos diz ser vítima de perseguição política, que as denúncias dos irmãos Moura sobre caixa dois, compra de votos e sonegação de informações na prestação de contas das despesas de campanha são infundadas.

Sandra, que trabalhou no setor financeiro do comitê do pretenso deputado em 2014, foi quem, segundo Trad, teria tido a ideia de ameaçar usar a história para prejudicá-lo na corrida pela Prefeitura de Campo Grande.

O candidato a prefeito registrou ocorrência na 3ª DP contra Arnaldo e Sandra.

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