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Política

Alcides Bernal era uma “bomba com efeito retardado”, diz Mario Cesar

Josemil Arruda | 24/03/2014 14:25
Mario Cesar prestando atenção ao balanço feito por Olarte esta manhã (Foto: Cleber Gellio
Mario Cesar prestando atenção ao balanço feito por Olarte esta manhã (Foto: Cleber Gellio

O presidente da Câmara de Campo Grande, vereador Mario Cesar (PMDB), considera que a incapacidade política e técnica da administração passada, de Alcides Bernal (PP), paralisou a cidade, impediu investimentos e perdeu convênios. “Era uma bomba com efeito retardado”, analisou o peemedebista.

Para ele, o balanço da gestão de Bernal, durante pouco mais de um ano e dois meses, apresentada hoje pelo prefeito Gilmar Olarte (PP), não traz surpresa, embora evidencie situações mais detalhadas e números. “Nós tínhamos noção do que estava acontecendo, mas por muito tempo Bernal ficou falando que a Câmara estava engessando ele. Agora ficou claro que chegou no final do ano e ele não executou o orçamento. Não tinha planejamento e conhecimento técnicos para isso”, disse, lembrando que já na proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de Bernal para este ano a previsão do Executivo era de um crescimento de apenas 0,61%, dez vezes abaixo da inflação anual.

Mario Cesar explicou que algumas medidas adotadas pela Câmara, já no final de 2012, foram de precaução, já antevendo problemas, visto que a equipe de transição não foi eficiente. “E o Benral não quis discutir o orçamento. Falava que orçamento não era dele, era do Nelsinho”, lembrou-se o dirigente. “Infelizmente, hoje se vê que estávamos certos”, ponderou.

Perda de milhões – Nesta manhã de segunda-feira (24), Olarte revelou que Campo Grande perdeu vários convênios devido à morosidade da gestão de Bernal gerou prejuízo de R$ 193 milhões, inclusive R$ 171 milhões do Programa Minha Casa, Minha Vida e quase R$ 7 milhões para que a Secretaria de Ação Social e Cidadania (SAS) pudesse atender à merenda de crianças das creches. Sustentou ainda, que a cidade deixou de recebe investimentos empresariais importantes. Teria sido um ano de atraso e prejuízos que se refletirão pelos próximos três anos.

Na opinião do presidente da Câmara, o prefeito Olarte e sua equipe vai ter de trabalhar muito para que Campo Grande se recupere. “Vai ter que reordenar tudo isso. Não acredito que num curto prazo consiga superar. Mas estou confiante pela disposição que o prefeito tem demonstrado e pela busca de interlocução com o governo estadual e a bancada federal, possamos retomar vários convênios, principalmente para construção de unidades habitacionais”, disse Mario Cesar.

Fazendo um paralelo com Dourados, que viveu uma crise política grave na época do prefeito cassado Ari Artuzi, o presidente da Câmara da Capital lembrou que aquela cidade ainda hoje “tenta se recuperar de um equívoco eleitoral”. Considera, porém, que Campo Grande tem melhores condições para superar os problemas deixados por Bernal. “Campo Grande tem um poder de recuperação que é muito mais rápido. Se apertar os cintos, em dois ou três anos conseguiremos resolver isso”, opinou.

Apesar de balanços olharem para o passado, Mario Cesar acredita que, diferentemente de Bernal, o prefeito Gilmar Olarte estará de olho no presente e futuro da cidade. “Gostei da fala do prefeito. Ele não vai ficar perdendo o tempo com o passado. Vai olhar para frente e recuperar a cidade. Os técnicos é que vão olhar as irregularidades. Não vai ficar remoendo”, elogiou.

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