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Política

Aliança PDT-PMDB esquenta discussões na Assembleia e Câmara

Fabiano Arruda | 23/08/2011 12:44

Peemedebistas repudiaram possível união entre os partidos na eleição à Prefeitura de Campo Grande

Vereador Paulo Siufi foi um dos mais exaltados ao falar sobre coligação. (Foto: João Garrigó)
Vereador Paulo Siufi foi um dos mais exaltados ao falar sobre coligação. (Foto: João Garrigó)

Uma possível aliança entre PDT e PMDB, rivais ferrenhos na eleição do ano passado, gerou discussões acaloradas nesta terça-feira entre vereadores e deputados estaduais.

Na Câmara o debate foi mais acirrado. O presidente da Casa de Leis, vereador Paulo Siufi (PMDB), ocupou a tribuna para falar do assunto.

Segundo ele, que é um dos pré-candidatos do PMDB na disputa, a parceria é possível se pedetistas apoiassem candidato de sua legenda. A hipótese contrária foi duramente criticada pelo parlamentar.

“O Dagoberto foi pescar em Porto Murtinho com o Vander e o Zeca do PT. Eles montaram estratégia para derrotar o PMDB no ano passado. É mais fácil o Michael Jackson ressuscitar do que esta aliança acontecer”, disparou.

“O governador André Puccinelli não manda no PMDB. Uma discussão destas deve passar por todos do partido. Eu deixo o PMDB e abandono a política se o partido apoiar a candidatura do Dagoberto. Isto não existe”, complementou.

Em aparte, o vereador Alex (PT) minimizou a discussão e disse que Dagoberto tem direito de reivindicar a aliança. Athayde Nery (PPS) seguiu a mesma linha e comentou que, durante encontro do PDT em que o governador participou na sexta-feira, Puccinelli não teria mostrado objeção à união.

“O PMDB vai ter que conversar com todo mundo. Caso o coletivo peemedebista decida apoiar o Dagoberto todos terão que acatar. Não é o governador ou o vereador Paulo Siufi que decidem isto. E foi o governador (ao ir no encontro) que criou esta animosidade”, ponderou.

O vereador Paulo Pedra (PDT) também procurou esfriar o debate. Garantiu que seu partido irá montar aliança forte para disputa da prefeitura no ano que vem. Por sua vez, o também pedetista, vereador Loester Nunes, comentou que ele pode ser pré-candidato e discordou do estilo político de Dagoberto.

Presença de Puccinelli em evento do PDT, na sexta, gerou polêmica. (Foto: Divulgação)
Presença de Puccinelli em evento do PDT, na sexta, gerou polêmica. (Foto: Divulgação)

Entre os críticos mais fervorosos, o vereador Ribeiro pediu para Nogueira “ficar quieto” e que há “muita gente na fila” na disputa da prefeitura. Já o vereador Carlão (PSB) chamou de palhaçada o entrevero político. “Tem que acabar com esta história. Um dia o sujeito está criticando determinada pessoa e no outro dia senta no colo dela”, criticou.

A questão também ecoou durante a sessão da Assembleia Legislativa nesta terça-feira. O deputado Marquinhos Trad (PMDB) considerou improvável que seu partido apoie Dagoberto Nogueira como candidato à prefeitura.

O peemedebista Junior Mochi, por sua vez, aderiu ao coro e indicou como difícil a coligação em Campo Grande, argumentando que as especulações nesta época são comuns.

Para o deputado Pedro Kemp (PT) a composição é uma incoerência. “O PDT sempre andou junto conosco no Estado e criticou o estilo de política do governador André Puccinelli e agora, de uma hora para outra, sinaliza um possível apoio?”, indagou.

Polêmica - O assunto surgiu no encontro do PDT realizado em Campo Grande, na sexta-feira, quando André Puccinelli se dispôs a participar do evento que contava com a presença do ministro do Trabalho Carlos Lupi.

Segundo o vereador Paulo Pedra, que esteve no ato, a ocasião serviu para selar a paz entre Puccinelli e o PDT, que foram adversários ferrenhos na eleição que reelegeu o governador.

“O governador se mostrou muito aberto em conversar sobre alianças. Política se faz conversando e a eleição do ano passado acabou. É preciso olhar para frente. Concordamos em analisar as pesquisas no ano que vem sobre os melhores nomes”, afirmou, na sexta-feira, quando o ex-deputado federal Dagoberto Nogueira foi confirmado como pré-candidato pedetista à prefeitura da Capital no ano que vem.

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