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Política

André diz que Dilma terá de arcar com escolha errada

Redação | 19/02/2010 07:37

O governador André Puccinelli (PMDB) jogou sobre a presidenciável Dilma Roussef (PT) a culpa sobre um eventual erro de escolha política durante a campanha eleitoral deste ano em Mato Grosso do Sul.

A ministra não estará hoje em Três Lagoas, por conta de reuniões referentes a segunda fase do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Seria o primeiro encontro entre Dilma, André e o ex-governador Zeca do PT.

Hoje, já em Três Lagoas, o governador insinuou que é a melhor opção de apoio à ministra e que ainda espera uma resposta positiva de Dilma em relação ao pleito que se aproxima, mesmo sabendo que Zeca do PT não pretende retirar sua candidatura.

"Todo bom moço procura a melhor moça, as pesquisas dizem que esse noivo aqui é mais bonito, que é um governo correto, retilíneo, sem nenhuma mácula, se ela errar de novo, é problema da noiva", espetou.

Apesar de simpatizar com a ministra, e de ser grato pelos recursos que ela tem garantido para o Estado em Brasília, Puccinelli não aceita a possibilidade de Dilma "servir a dois deuses", ou seja, subir tanto em seu palanque quanto no de Zeca.

Tanto para André quanto para outras lideranças do PMDB, seria desvantajoso apoiar a ministra e depois vê-la pedindo votos para o candidato petista.

"Sou monógamo, cristão, católico, a noiva deve escolher quem ela julga ser melhor. Eu sempre falei isso, nunca pedi a retirada do ex-governador do páreo, nós sempre dissemos que o noivo está no altar com o cravo branco na lapela, o branco representando a paz, a tranquilidade, estou no aguardo, mas nunca aceitarei dois palanques. A noiva que escolha", determinou o governador, durante entrevista ao programa Tribuna Livre, da FM Capital.

Apesar de já estar protagonizando um embate cheio de troca de cutucões e ofensas, via imprensa, André disse que não pretende realizar uma campanha de baixarias contra Zeca do PT.

"Eu sempre falei e sempre pratiquei uma campanha de propostas. Nunca a ninguém atingi em termos pessoais, porque deploro isso e política tem de ser feita com P maiúsculo", declarou.

O governador também disse não estar preocupado com seu adversário, que já apresenta bons números nas pesquisas de opinião pública.

"Não nos preocupamos com adversário. Na primeira campanha para prefeito (de Campo Grande) fomos atingidos de todos os lados, mas ganhamos porque não nos preocupamos com as criticas pessoais. E venceu a proposta daquele que não atacou ninguém. E vou continuar fazendo assim. O PT como partido eu respeito, tem excelentes pessoas dentro de seus quadros, mas se eles quiserem agredir, é problema do PT, eu não farei isso, apresentarei propostas e o povo fará as comparações que devem ser feitas", afirmou.

Hoje, em Três Lagoas, Puccinelli e Zeca do PT devem se encontrar em Três Lagoas e dividir as atenções com o presidente Lula, que cumpre agenda no município.

Mesmo assim, é esperado que a visita do presidente possa apressar um entendimento sobre a política de alianças para as eleições deste ano em Mato Grosso do Sul.

Se Lula e Dilma não se definirem até o fim de março, Puccinelli deve mesmo preservar a união com aliados históricos e apoiar a candidatura de José Serra (PSDB) à presidência da República.

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