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Política

Apesar de renúncia, vereadores querem mais informações sobre caso

Parlamentares dizem que a imagem da Câmara está em jogo

Leonardo Rocha e Kleber Clajus | 28/04/2015 10:21
Vereadores disseram que vão continuar buscando informações sobre processo (Foto: Kleber Clajus)
Vereadores disseram que vão continuar buscando informações sobre processo (Foto: Kleber Clajus)

Apesar de Alceu Bueno ter renunciado ao seu mandato, os vereadores de Campo Grande garantiram que vão continuar acompanhando o caso de exploração sexual que pode envolver mais políticos na Capital. Eles disseram que a imagem da Câmara Municipal é que está em jogo e precisam de respostas para sociedade.

O vereador Chiquinho Telles (PSD) afirmou que a Câmara não pode ficar envolvida em um “escândalo” como este , sendo “refém” desta situação diante da sociedade. Ele quer que os advogados de defesa repassem ao legislativo os nomes de todos os envolvidos.

O presidente da Casa, o vereador Mário César (PMDB) ressaltou que vai encaminhar um ofício para que o delegado possa divulgar todos os nomes dos envolvidos.

Já Thais Helena (PT) ponderou que independente da renúncia de Alceu Bueno, é preciso acompanhar de perto este caso que envolve exploração sexual de adolescentes, que se trata de um crime hediondo. “Os envolvidos precisam ser punidos, não teremos Comissão Processante, mas vamos continuar acompanhando o caso”.

Luiza Ribeiro (PPS) também seguiu a mesma linha, que é preciso apoiar as investigações. "É preciso punir estes criminosos que exploraram adolescentes a cerca de três anos, com fortes empresários e políticos influentes".

Já Airton Saraiva (DEM) lembrou que a Casa de Leis fez tudo que podia e que a melhor saída para o vereador foi pedir a renúncia, até para que tenha tempo e disposição para se defender. "Adotou um caminho rápido e menos desgastante".

Os vereadores tiveram papel importante na decisão de Bueno, já que houve uma pressão para que ele tomasse esta atitude, na semana passada, tanto Saraiva como Mário César já haviam informado ao vereador de todas as medidas que seriam tomadas, que poderia resultar na cassação de seu mandato.

Na sessão da Câmara, representantes de movimentos sociais de combate a violência contra mulher e exploração sexual a crianças e adolescentes, fazem um protesto com cartazes e faixas. Entre eles estão frases como “Proteger a criança e adolescente é um dever do Estado, a culpa nunca é da vítima”.

Caso – No dia 16 de abril, o próprio vereador Alceu Bueno denunciou esquema de extorsão. Com os vídeos em mãos, o empresário Luciano Roberto Pageu e o ex-vereador Robson Martins cobravam dinheiro para não divulgar o material. Eles chegaram a embolsar R$ 100 mil e pediam mais R$ 27 mil.

A Polícia Civil indiciou o ex-deputado estadual Sérgio Assis (PSB), que é católico e atuante nos movimentos sociais da igreja, e o vereador Alceu Bueno (PSL), pastor evangélico, pelos crimes de exploração sexual de adolescentes. Eles podem ser condenados a pena de até 10 anos de reclusão.

Os vereadores já estavam articulando a criação da Comissão Processante, no entanto Bueno se antecipou e resolveu renunciar ao mandato. No seu lugar irá entrar Roberto Santana dos Santos, que teve 2, 4 mil de votos na eleição em 2012.

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