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Política

Apontado como laranja do casal Olarte paga R$ 8,8 mil para deixar prisão

Aline dos Santos | 27/09/2016 08:34
Gaeco fez operação Pecúnia em 15 de agosto. (Foto: Marcos Ermínio)
Gaeco fez operação Pecúnia em 15 de agosto. (Foto: Marcos Ermínio)

Apontado como “laranja” do casal Olarte, o empresário Evandro Simões Farinelli deve deixar a prisão no começo da tarde desta terça-feira (dia 27). Ontem, o juiz da 1ª Vara Criminal, Roberto Ferreira Filho, determinou a liberdade e aplicou medidas cautelares.

Evandro, que foi preso em 15 de agosto na operação Pecúnia, teve que pagar fiança de 10 salários mínimo (R$ 8.800) e deverá seguir uma série de normas: comparecer mensalmente na Justiça, não se ausentar da cidade, entrega de passaporte, não manter contato com os outros denunciados e nem com as testemunhas de acusação.

De acordo com o advogado Tiago Bunning, a fiança já foi paga e os procedimentos para que o preso deixe o Presídio de Trânsito devem ser finalizados até às 13h. “A defesa pediu a revogação da preventiva, ou prisão domiciliar ou aplicação de outras medidas cautelares”, afirma.

Conforme o advogado, Evandro é empresário há 20 anos e tem lastro financeiro para aquisição de imóveis. A defesa refuta a tese do MPE (Ministério Público Estadual) de que o preso tenha atuado como “laranja” para o ex-prefeito Gilmar Olarte (Pros) e Andréia Olarte. “Não tem como ser laranja de um único imóvel e não foi provado. Ficou preso 43 dias à toa”, afirma Tiago.

Ontem, o juiz também concedeu liberdade para o corretor Ivamil Rodrigues de Almeida, apontado como braço direito do casal Olarte nas aquisições imobiliárias fraudulentas. A família dele estava tentando levantar o valor da fiança: R$ 10.560.

As investigações da operação Pecúnia começaram a partir dos dados obtidos com a quebra do sigilo bancário de Andréia Olarte e de sua empresa, denominada Casa da Esteticista. Ainda segundo a operação, entre 2014 e 2015, enquanto Olarte ocupava o cargo de prefeito, Andréia adquiriu vários imóveis na Capital. Os bens totalizaram R$ 3,6 milhões, com preferência por imóveis em condomínios de luxo.

Alguns bens ficaram em em nome de terceiros, com pagamentos iniciais em elevadas quantias (dinheiro, transferências bancárias e depósitos). Conforme a investigação, a princípio, os bens são incompatíveis com a renda do casal. A ação foi realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

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