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Política

Após afastamento de Fauzi, vice assume prefeitura em Aquidauana

Fabiano Arruda | 01/07/2011 17:19
Vice tomou posse em cerimônia na Câmara, menos de 24 horas após afastamento de Fauzi. (Foto: O Pantaneiro)
Vice tomou posse em cerimônia na Câmara, menos de 24 horas após afastamento de Fauzi. (Foto: O Pantaneiro)

Durante sessão na Câmara de Aquidauana, o vice Vanildo Neves (PSDB) assumiu a prefeitura após o afastamento de Fauzi Suleiman (PMDB), ocorrido ontem à tarde.

Segundo informações do site O Pantaneiro, Neves lembrou, em seu discurso, que só tomou posse pela decisão judicial e que gostaria de ser prefeito, mas eleito pelo povo.

Ele assegurou que está preparado para cumprir o período à frente da Prefeitura que pode ser de até 180 dias.

Ainda conforme o site, estiveram na sessão os vereadores Clézio Bley Fialho, presidente da Câmara, Eulálio Barbosa, Antonio da Coeso, Valdemar dos Reis, Iran Rezende, Ademir Brites e Wezer Rodrigues. Este último foi o autor da série de denúncias que se transformaram em inquéritos em Aquidauana.

Afastamento - Fauzi Suleiman foi afastado pela segunda vez do cargo pela Justiça. A liminar determinando o afastamento foi concedida ontem, em ação movida pelo MPE (Ministério Público Estadual), por meio da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público.

Além dele, foram afastados os secretários Paulo Goulart, de Finanças, Luzia Elizete Flores, de Educação, Paulo Reis, de Saúde, bem como procurador jurídico do município, André Beda.

A acusação para o afastamento é violação aos princípios da Administração Pública, o que configura improbidade administrativa.

Pesou no afastamento também, segundo decisão judicial, que “os requeridos decidiram tomar uma decisão prática e inusitada, que poria fim àquela incômoda situação: simplesmente não mais atenderiam aos pedidos encaminhados pelo Ministério Público” desde abril de 2010.

A decisão atesta que, no total, o prefeito “ignorou 77 ofícios de pedido de informações e requisição de documentos que lhe foram encaminhados pelo Ministério Público”.

O procurador jurídico do município deixou de atender a 74 ofícios, enquanto os secretários de Finanças, de Educação e de Saúde, fizeram "vistas grossas" a 50 ofícios.

O texto ainda aponta que, apenas na Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, existem 30 inquéritos para apurar irregularidades na prefeitura e ainda afirma que os afastados atrapalharam as investigações.

Em entrevista por telefone ao Campo Grande News, ontem, Fauzi Suleiman afirmou que não há fato novo nas denúncias e que “estão requentando” as acusações para prejudicar sua administração. O peemedebista declarou que seus advogados já estão recorrendo da decisão e que vai respeitar a Justiça.

“Tenho certeza que a Justiça do Estado, que está distante da paixão política do município, vai ter serenidade para julgar o caso”, declarou Suleiman.

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