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Política

Após assédio em Dourados, mulheres da política pedem respeito no trabalho

Priscilla Peres, Juliana Brum e Leonardo Rocha | 11/06/2015 15:15
A vereadora Virgínia Magrini entregou à Delegacia da Mulher cópias de fotos momentos após o assédio (Foto: Eliel Oliveira)
A vereadora Virgínia Magrini entregou à Delegacia da Mulher cópias de fotos momentos após o assédio (Foto: Eliel Oliveira)

Na semana em que a vereadora Virgínia Magrini (PP) foi apalpada por um colega de Legislativa, durante a Sessão da Câmara de Dourados - distante 233 km da Capital, outras mulheres que ocupam cargos políticos falaram sobre a situação. Todas repudiaram o ato e pediram respeito.

Após a situação, a vereadora registrou boletim de ocorrência e o acusado, Maurício Lemes Soares (PSB), alegou ter sido uma brincadeira. Para a deputada estadual Mara Caseiro (PT do B) é necessário que haja respeito e que essa situação é de desconforto e desagradável para as mulheres.

“Não podemos admitir desrespeito com a mulher, colega de trabalho, graças a Deus nunca passei por isto, mas infelizmente sabemos que acontece em muitos ambientes de trabalho, ainda estamos em um sistema machista, fico triste e espero que o vereador reflita sobre sua ação, será que ele gostaria que acontecesse com sua filha ou mãe?", disse Mara.

Já a deputada Antonieta Amorim (PMDB), ressaltou que a vereadora tem todo o direito de denunciar o caso. “Não vi a cena acontecer, lógico que se aconteceu se trata de uma falta de respeito, algo grave, um assédio sexual. Espero que haja punição para que sirva de exemplo para muitas mulheres que sofrem com esta situação, porém tem medo de denunciar”.

Três vereadoras da câmara de Campo Grande, também demostraram respeito a solidariedade com a situação. No dia seguinte ao acontecimento Luiza Ribeiro (PPS) se manifestou no Facebook, e disse que também ligou para a vereadora. "O vereador tem que ser punido e as mulheres não podem aceitar esse tipo de comportamento. A atitude dela foi um exemplo".

Ela ainda lembrou do caso de um professor Doutor de uma importante universidade que foi demitido, após se referir as mulheres de forma preconceituosa e machista. A vereadora Magali Picarelli (PMDB) disse que tem que prevalecer o respeito fora e dentro da casa de leis. "Eu acho que cabe falta de decoro parlamentar".

Já Carla Stephanini (PMDB) disse que também procurou a vereadora. "Como presidente do PMDB mulher, através da procuradoria da mulher dessa casa, procuramos a vereadora para dar todo o apoio. Isso demonstra que o trabalho que desempenhamos é importante no ambito privado e certamente dentro da casa de leis".

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