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Política

Após bate-boca, Siufi é medicado em reunião mais tensa da CPI até agora

Zemil Rocha e Jéssica Benitez | 11/07/2013 19:10

Com o clima quente da audiência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Calote, esta tarde, na Câmara de Campo Grande, o presidente Paulo Siufi (PMDB), que é pediatra, acabou tendo que ser medicado com comprimido para pressão arterial. “Olha, estou medicando o médico”, afirmou André Scaff, procurador-jurídico da Casa, tentando amenizar a situação, que chegou a ser tensa, com gritos e dedos em riste.

Siufi teve o mal estar em razão do bate-boca protagonizado, principalmente, pelo líder do prefeito, Marcos Alex (PT), e o vereador Elizeu Dionízio (PSL), relator da CPI, em torno da legalidade ou não de a empresa RDM Recuperado de Créditos ter prestado serviços para a Emha (Empresa Municipal de Habitação), embora só tivesse contrato com a Prefeitura de Campo Grande (Município).

Após o bate-boca da audiência, no momento em que estava depondo a representante da RDM, Siufi cancelou a sessão sob a justificativa de que o debate verbal mais agressivo impediria sua continuidade e convocou reunião fechada dos membros da CPI.

Num primeiro momento, o vereador Alex do PT disse que não participaria da reunião, alegando ser minoria na CPI. Depois, com a chegada do procurador jurídico da Prefeitura de Campo Grande, Luiz Carlos Santini, acabou entrando na sala e, pouco depois, o bate-boca voltou a acontecer. Os gritos eram tão altos que dava para ouvir do lado de fora, mesmo com a porta fechada.

Antes do término da reunião, Elizeu saiu da sala e revelou que a nova discussão ocorreu porque Alex não teria entregue à CPI um documento passado a ele pelo motorista do prefeito Alcides Bernal.

A reunião a portas fechadas continuou tensa. Alex do PT não queria aceitar a convocação dos donos da empresa Salute, que tem pequeno capital social e mesmo assim foi contemplada com contrato milionário da Prefeitura de Campo Grande. O líder do prefeito alegou que fugiria do objeto da CPI do Calote.

No fim do encontro, Siufi admitiu que realmente não está no mérito da CPI a convocação da Salute, mas não descartou essa possibilidade. A intenção dos dirigentes da CPI é primeiro ouvir o dono da RDM e, surgindo algum fato novo, chamar representantes da Salute para prestar esclarecimentos.

Sobra os bate-bocas, Siufi garantiu que o “respeito vai ser retomado” dentro da CPI do Calote. “Não cabe a nenhum vereador defender uma das partes”, afirmou ele. Já Alex disse que em momento algum ofendeu Elizeu, nem fez ataques pessoais ou desqualificou o discurso do relator da comissão.

A próxima reunião da CPI do Calote deverá acontecer na segunda-feira, a partir das 14 horas, no plenarinho da Câmara. Nela deverão ser ouvidos representantes das empresas Vyga, MDR e Solurb.

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