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Política

Após ‘dica de fraude’, Assembleia inicia cadastro para ponto eletrônico

Previsão é que cadastramento comece já na semana que vem

Luana Rodrigues | 02/12/2016 17:55
Deputado Zé Teixeira em reunião com diretores de empresa responsável por ponto eletrônico e de departamentos da Casa de leis. (Foto: Divulgação)
Deputado Zé Teixeira em reunião com diretores de empresa responsável por ponto eletrônico e de departamentos da Casa de leis. (Foto: Divulgação)

Está previsto para começar na próxima semana o cadastro de servidores da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul para instalação do ponto eletrônico na casa de leis. O processo ocorre depois de vir à tona gravação em que o deputado Paulo Corrêa (PR), aparentemente sugere fraude na folha de frequência de servidores da casa ao colega Felipe Orro (PSDB).

Conforme assessoria de imprensa do parlamento, uma reunião para implantação do sistema foi realizada nesta quinta-feira (2). 

No encontro, o primeiro secretário da casa, Zé Teixeira (DEM), cobrou celeridade no processo de cadastramento dos servidores. "Nossa previsão é começar este cadastramento na próxima semana", apontou o primeiro secretário.

Também participaram da reunião o diretor da empresa Seletiva RH - Controle de Ponto e Acesso, Rodrigo Márcio - que irá fornecer o equipamento para a implantação do ponto eletrônico digital, e diretores de departamentos do Palácio Guaicurus.

Segundo a assessoria, o equipamento que deve ser implantado na Assembleia é do modelo Inner Rep Plus BioPro - aprovado pelo Inmetro e homologado pelo Ministério do Trabalho.

O Campo Grande News tentou contato com o presidente da casa de leis, Junior Mocchi (PMDB), para saber mais detalhes sobre a implantação, mas as ligações não foram atendidas.

'Dica de fraude' - Na conversa, gravada em meados de 2015, mas divulgada somente em novembro deste ano, Corrêa sugere fraude no ponto de servidores, ao dizer para Orro colocar um controle de ponto, ”mesmo que seja fictício” de frequência dos funcionários do gabinete.

Nesta quarta-feira (30), a Corregedoria, que avalia se é caso de abrir comissão disciplinar contra os parlamentares, ouviu Paulo Corrêa. Ele não quis conversar com a imprensa, mas, o presidente da apuração, deputado Maurício Picarelli (PSDB), contou que Corrêa sustentou que a gravação da conversa foi ilegal, que nunca respondeu a qualquer denúncia e que “falou sem pensar”, ao mencionar “ponto fictício”.

Felipe Orro deveria ter sido ouvido nesta quinta-feira (01), mas não compareceu à audiência, alegando outro compromisso.

Ontem, em entrevista ao Campo Grande News, Picarrelli disse que depois de ouvir Orro, vai finalizar “o mais rápido possível” o relatório. A conclusão pode ser pelo arquivamento ou pela abertura de uma comissão disciplinar por quebra de decoro parlamentar.

De qualquer forma, a demanda seguirá para o presidente da Assembleia, deputado Junior Mochi (PMDB), este sim, que baterá o martelo a respeito do caso.

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