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Política

Após PSDB romper, PPS está dividido quanto ao apoio a Alcides Bernal

Zemil Rocha e Jéssica Benitez | 22/03/2013 19:25
De olho em 2014, Athayde teme desgastes quando a Bernal (Foto: Arquivo)
De olho em 2014, Athayde teme desgastes quando a Bernal (Foto: Arquivo)

O PPS está dividido quanto ao “prazo de validade” do apoio ao prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP). O desgaste político de Bernal e o projeto futuro do partido quando à sucessão estadual, ao lado do PSDB, que já rompeu com o prefeito da Capital, tem levado os pós-comunistas (o PPS é sucessor do antigo PCB) a repensar a aliança.

O presidente regional da legenda, Athayde Nery, entende que não dá para esperar, indefinidamente, que o prefeito Alcides Bernal consiga deslanchar na condução nos negócios públicos de Campo Grande. Na opinião do ex-vereador, é preciso dar um prazo para o PPS decidir se continuará ou não na base de apoio do prefeito. Segundo ele, o partido não pode arcar com o “desgaste” da administração municipal.

Já a vereadora Luiza Ribeiro (PPS) é contra estipular um “prazo” para o partido definir ou não a continuidade na base de apoio de Bernal. “No PPS sempre avaliamos, fazemos isso o tempo todo na política. Não tem tempo, não tem prazo. Sempre foi assim o PPS com todos os seus apoios”, afirmou ela.

Em relação a Bernal, Luiza disse que acredita no governo dele. ”Está muito no começo para fazer avaliação negativa do governo dele”, disse a vereadora. “Diante dos desafios apresentados, ele tem respondido muito bem”, emendou.
Indagada se não tem que uma má gestão de Bernal respingue no PPS, Luiza Ribeiro respondeu: “Eu não tenho sentido isso não. As pessoas têm aprovado a atitude do PPS”. A vereador enalteceu, especialmente, as decisões do prefeito quanto à Fundação Social do Trabalho (Funsat), entidade que presidiu na gestão de Nelsinho Trad (PMDB). Ela comemorou a entrega dos primeiros 50 microcréditos. “Nelsinho não investiga nisso, não. No ano passado, o ultimo de sua administração, foi um horror em relação ao apoio ao microcrédito. Era briga quase diária para liberação”, contou ela.

Embora a divergência de posições esteja evidenciada, Luiza minimiza: “Não sinto essa divergência em relação às opiniões do Athayde”.

No ano passado, representando o PPS, Athayde foi candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada pelo presidente regional do PSDB, deputado federal Reinaldo Azambuja. Como não foram para o segundo turno, fizeram acordo para apoiar Bernal, que acabou vencendo a disputa. Se sentindo não contemplado na administração municipal, o PSDB já rompeu com Bernal.

Ao anunciar que o PPS estará junto com o PSDB novamente em 2014, possivelmente com Athayde sendo candidato a senador na chapa encabeçada por Reinaldo Azambuja, e sentindo o desgaste da administração de Alcides Bernal, o PPS poderá tomar o mesmo rumo de deixar a base de apoio do prefeito.

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