Assembleia volta a ter polêmica envolvendo vídeo com Bernal
O deputado Marquinhos Trad (PMDB) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa durante a sessão desta quinta-feira para comentar sobre o vídeo veiculado no YouTube no último fim de semana, em que o candidato do PP à Prefeitura de Campo Grande, Alcides Bernal, aparece em suposta negociação, recebendo dinheiro por debaixo de uma mesa.
O entrevero surgiu durante as explicações pessoais, perto do encerramento da sessão. Como havia o consenso entre os parlamentares de convocar sessão extraordinária para votação de projeto que altera o estatuto da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), o combinado era que os deputados evitassem ocupar o microfone para acelerar a apreciação da matéria.
No entanto, o peemedebista quis usar a palavra, que dispõe tempo regimental de dez minutos, mas com o argumento de que falaria também sobre o projeto, revelou o deputado Junior Mochi (PMDB).
Marquinhos subiu à tribuna e se ateve a discursar sobre o vídeo e a menção sobre o projeto dos trabalhadores da educação, de forma breve, foi apenas para questionar a ausência de Bernal na sessão de hoje.
O peemedebista ainda queria o tempo regimental destinado à deputada Mara Caseiro (PTdoB) para continuar seu pronunciamento, mas, após um pequeno “levante” dos outros colegas, a parlamentar afirmou que iria ocupar a tribuna e falou sobre o dia dos odontólogos.
O teor do discurso deixou deputados insatisfeitos, como Márcio Monteiro (PMDB), um dos mais irritados. O tucano se dirigiu à Mesa Diretora para falar com o presidente, Jerson Domingos (PMDB), e gesticulava bastante. Depois do encerramento do discurso, ainda se dirigiu a Trad e mostrava bastante irritação.
Sobre o mal estar, Mochi pontuou que, embora tenha fugido do combinado, a Casa não pode cercear o direito dos deputados no pronunciamento.
Discurso - Marquinhos questionou Bernal sobre o vídeo e destacou que houve confirmação, por meio de perícia, que a voz da gravação é do progressista. “Muito me entristece uma questão de cunho coletivo ser tratado em mesa de bar”, criticou, ressaltando que o candidato do PP admitiu ter ido a um café, onde se encontrou com um empresário, provavelmente, no mês de julho.
Para ele, encontros geralmente ocorrem em ambientes privados. “Num boteco não se fala sobre Saúde, sobre Habitação”, acusou.
Além disso, cobrou que Bernal revele a identidade do empresário com quem se encontrou. Por fim, condenou a ausência do progressista em debates no segundo turno.
