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Política

Audiência tem críticas à prefeitura e protesto contra vereadores

Liana Feitosa e Leonardo Rocha | 23/10/2015 12:15
Vereadores realizam audiência para discutir projeto do orçamento para 2016 (Foto: Leonardo Rocha)
Vereadores realizam audiência para discutir projeto do orçamento para 2016 (Foto: Leonardo Rocha)
Aposentado realiza protesto contra vereadores e pede redução de salários (Foto: Leonardo Rocha)
Aposentado realiza protesto contra vereadores e pede redução de salários (Foto: Leonardo Rocha)

Audiência pública sobre o orçamento da prefeitura de Campo Grande para 2016 foi marcada por protesto, críticas à administração municipal e pedidos da população. Presidida pelo vereador Eduardo Romero (PTdoB), a reunião contou também com a presença do secretário de Finanças da cidade, Disney Souza, da secretária-adjunta da pasta, Maria Amparo Araújo, além de vereadores, como Eduardo Cury (PDT) e Delei Pinheiro (PSD).

Entre os principais temas discutidos estiveram o fomento à cultura, a assistência às comunidades, além de reivindicações de segmentos da assistência social, cuja previsão é de que receba repasses de 1,46%.

A secretária adjunta fez uma exposição inicial sobre o projeto e depois foi aberto a população. Maria Alice Martins, do Fórum Municipal de Cultura, disse que apesar da previsão de seja investido 1,3% na área  nem sempre o repasse é feito. "Muitas vezes essa porcentagem é gasta em ações de outras secretarias em situações como manutenção da Fundac (Fundação Municipal de Cultura) e outras atividades que não fomentam a cultura".

Já o líder comunitário Lázaro Bonifácio, pediu ampliação em investimentos nas comunidades. "O bairro Los Angeles, por exemplo, há 30 anos não recebe investimentos na área de lazer", afirmou. Houve também a cobrança para a instalação de dois novos conselhos tutelares.

A secretária adjunta respondeu que todas os pedidos devem ser avaliados pelo executivo, já que o projeto do orçamento não está fechado e pode se abrir para novos projetos.

Obras -  Sobre a saúde, o vereador Eduardo Cury, disse que as obras inacabadas, mesmo que sejam concluídas, estariam ultrapassadas. Ele citou como exemplo a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) das Moreninhas. "Não vamos ter a saúde que desejamos nos próximos anos."

A secretária respondeu que as obras abandonadas serão prioridade do prefeito. Inclusive, está prevista a inauguração de 3 UPAs no dia 20 de janeiro do próximo ano, no bairro Leblon, Santa Mônica e Moreninhas. "Muitas obras que estavam abandonadas já voltaram a funcionar", afirmou ela. Delei Pinheiro rebateu a informação e garantiu que as unidades ainda não tiveram as obras retomadas.

O orçamento para 2016 é estimado em R$ 3,4 bilhões, o que representa redução de 5,94% em relação ao valor da receita de 2015, que foi de R$ 3,6 bilhões. A previsão de gasto com pessoal é de R$ 1,5 bilhão, representando 45,01% da peça orçamentária. Saúde ficou com 34,27% (R$ 1,1 bilhão), educação com 22,16% (R$ 765,4 milhões ) e Transporte com 14,07% (R$ 486 milhões).

Protesto - O aposentado José Magalhães, de 69 anos, já conhecido por outros protestos na cidade, usou a tribuna para fazer críticas aos vereadores, ele estava vestido com um placa que comparava o salário dos parlamentares aos professores e médicos da rede municipal.

No discurso diz que a audiência era apenas um "jogo de cena" e que os vereadores não faziam  a devida fiscalização. "Ser vereador não é profissão, a população exige respeito. Como representantes, não podem pairar dúvidas sobre eles". Depois de proferir algumas ofensas, deixou o plenário.

Eduardo Romero, que presidia o evento, contornou a situação dizendo que ele era bem vindo, apesar de ser mal educado. "Quando se perde o respeito, o debate termina".

 

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