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Política

Ballock tenta, mas não convence sobre "economia" com MegaServ

Zemil Rocha e Zana Zaidan | 20/11/2013 18:23
Ballock tentando explicar hoje na Câmara a vantagem de contratar MegaServ (Foto: divulgação)
Ballock tentando explicar hoje na Câmara a vantagem de contratar MegaServ (Foto: divulgação)

O secretário municipal de Administração, Ricardo Trefzger Ballock, tentou acabar com a confusão semeada pelo secretário de Saúde, Ivandro Fonseca, quanto à susposta economia que a administração de Alcides Bernal (PP), mas deu justificativa que não convenceu os vereadores da Comissão Processante esta tarde, na Câmara de Campo Grande. Previsto para durar uma hora, o depoimento de Ballock durou quase duas horas, em razão de os secretários de outras pastas negarem conhecimento sobre contratos e dizerem que o titular da Administração é que poderia explicar.

Na depoimento de ontem à Comissão Processante, o secretário Ivandro da Fonseca afirmou que embora o preço da Total em 2012, no serviço de limpeza dos postos de saúde, fosse inferior ao da MegaServ neste ano, a possibilidade de um aditivo elevaria em mais 10% o valor do contrato. Rompendo com a Total e contratando emergencialmente a MegaServ, dentro dessa conta, não demonstrada com valores nominais, teria havido economia.

Para os vereadores da Comissão, porém, essa conta não bateu e Ballock foi instado a explicar essa suposta economia. Segundo o secretário, o contrato com a Total era de R$ 7,2 milhões em 2012. Com nova licitação, neste ano, a Total teria apresentado preço de R$ 11,8 milhões anual, acréscimo de quase 4 milhões. “Só que a Total aceitou manter o preço do contrato anterior para não perder o serviço”, disse. Os vereadores lembraram, contudo, que a MegaServ apresentou proposta de R$ 9,2 milhões, acima portanto dos R$ 7,2 milhões da Total.

Ballock contrapôs afirmando que a MegaServ iria oferecer serviço mais amplo do que a Total, alegando que era necessário porque o fluxo de atendimento nas unidades de saúde aumentou em razão da epidemia de dengue no começo do ano. Além de atender nove Unidades Básicas da Família (UBF) e quatro Unidades de Pronto Atendimento (UPA), a MegaServ também passou a fazer “limpeza das viaturas” e teria de fazer “plantão noturno”. Em decorrência disso, também aumentou o contingente de funcionários, de 293 para 302. “Aí está a economia para a prefeitura”, apontou.

Só que era menor o número de funcionários que a MegaServ empregava e depois passou para a Prefeitura, via contrato celetista temporário, em razão do atraso na definição do Pregão nº 99. Como o pregão não se encerrou no dia 27 de agosto, como estava previsto, o contrato emergencial com a MegaServ expirou e Bernal teve de contratar seus 265 faxineiros em setembro e outubro. No dia 4 de novembro, a MegaServ reassumiu o serviço e recontratou os mesmos 265 funcionários, o que revela equívoco no número informado pelo secretário ou enxugamento do quadro após a contratação emergencial.

Ainda conforme o secretário Ballock, com a contratação da MegaServ e da Salute Distribuidora de Alimentos, duas das empresas que a CPI do Calote apontou como beneficiárias da “emergência fabricada” por Bernal, a Prefeitura de Campo Grande economizou R$ 4 milhões por ano. Já com a Jagás, a economia teria sido de R$ 600 mil.

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