ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  17    CAMPO GRANDE 21º

Política

Bernal extingue unidade que trouxe R$ 200 milhões para Campo Grande

Josemil Rocha | 21/02/2013 17:01
Nelsinho diz que Prefeitura ficou "acéfala". (Foto: João Garrigó)
Nelsinho diz que Prefeitura ficou "acéfala". (Foto: João Garrigó)

O ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB) criticou duramente esta tarde a intenção do atual prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), de extinguir a Unidade Especial de Projetos (UEP), responsável pela viabilização de importantes obras em Campo Grande, como a urbanização do Sóter, a do Imbirussu-Serradinho, a obra da Orla Morena e o asfaltamento de vários bairros da cidade, totalizando cerca de R$ 200 milhões.

“A noticia que a gente tem é que a Unidade de Projetos Especiais, que funcionava na sede da vice-prefeitura, na Rua Manoel Seco Tomé, vai ser extinta e suas funções incorporadas pela Semplanfic, Planurb ou Secretaria de Obras”, afirmou Nelsinho.

A extinção da Unidade Especial de Projetos, segundo o ex-prefeito, acaba prejudicando a conclusão de importantes obras que estavam em andamento, como a reurbanização da Júlio de Castilhos, que estaria sendo executada graças a recursos contatados junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Também foi graças a recursos do BID que foi tocada a obra da Orla Morena II. “São obras que estão paralisadas e abandonadas”, reclamou ele, citando que, via BID, o Imbirussu-Serradinho custou R$ 60 milhões, e a Orla Morena mais R$ 50 milhões.

A Unidade Especial de Projetos era chefiada por Eliane Detoni e possuía em torno de 25 funcionários. “Eram todas pessoas qualificadas, de renome, que chegaram a ser convidadas para fazer palestras no exterior. Eu mesmo cheguei a ir para Miame e Washington, a convite do BID, para explicar para outros prefeitos como a gente fazia para contratar os empréstimos internacionais”, explicou Nelsinho Trad.

Organizada na época que André Puccinelli começou a governar Campo Grande, há 20 anos, a Unidade Especial de Projetos atuava pela administração municipal na captação de recursos nacionais e internacionais e fazia com que essas obras fossem implementadas de acordo com os exigentes cronogramas e metas dos organismos de fomento, como BID, BNDES e Fonplata. O projeto de urbanização do Sóter, de R$ 40 milhões, por exemplo, é da época da gestão do André, com financiamento pelo Fonplata.

Para Nelsinho, a extinção da Unidade Especial de Projetos deixa a Prefeitura de Campo Grande “acéfala” e sem capacidade de trabalhar projetos diferenciados em condições de alavancar recursos internacionais. “E isso está acontecendo em vários outros setores da administração. O que se observa é atrofia total de vários segmentos, com mera desculpa, esfarrapada, de que é preciso fazer adequação, reparos. O que na verdade existe é inércia , motivada pela incompetência”, desabafou Nelsinho.

Na opinião do ex-prefeito da Capital a única coisa que se vê na administração de Alcides Bernal é “reclamação” generalizada. “Só sabe falar mal da nossa administração e acusar-nos de ações indevidas”, queixou-se.

A chefia de gabinete do prefeito Alcides Bernal informou que o Planurb se manifestaria sobre as críticas do ex-prefeito, mas até o fechamento desta matéria não retornou à ligação do Campo Grande News.

Nos siga no Google Notícias