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Política

Bernal quer por vereadores no Paço até construção de nova Câmara

Jéssica Benitez | 17/04/2013 13:26
Líder afirma que mudança será provisória até a construção de um Centro Político Administrativo (Foto: Marcos Ermínio)
Líder afirma que mudança será provisória até a construção de um Centro Político Administrativo (Foto: Marcos Ermínio)

O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), realmente planeja acomodar os vereadores no Paço Municipal. O objetivo, segundo o líder do prefeito na Câmara, vereador Marcos Alex (PT), é acomodá-los provisoriamente junto à prefeitura por cerca de dois anos até que a construção de um Centro Político Administrativo seja concluída.

Alex destacou que a possibilidade de ir para o Paço sempre foi cogitada pelo prefeito. “Isso não se constitui em um novo fato. As opções colocadas sempre foram permanecer aqui, ir para antiga rodoviária ou para o Paço”, esclareceu. Ele afirmou que, agora, o que está ocorrendo é um afunilamento nas opções e ponderou que Bernal não vai mudá-los de lugar de uma hora para outra.

“Ele vai sentar com o Mario Cesar para conversar, mas não acredito que lá seja um lugar tão abominado assim pelos vereadores, afinal de contas os prefeitos se acomodam lá há mais de 20 anos”, opinou. Sem detalhar, Alex revelou que o espaço para acomodar o Centro Político já está em andamento e, inclusive, será em um lugar privilegiado, bem localizado e de fácil acesso. "Vai ser porreta o negócio", comemorou.

O presidente da Casa de Leis, vereador Mario Cesar (PMDB), por sua vez, permanece na defesa da desapropriação do prédio onde a Câmara está atualmente. “Com certeza todos nós seremos amontoados. Não terá espaço para imprensa, para realização das sessões solenes, para estacionar os carros, para nada”, disse o peemedebista.

No início deste mês a Mesa Diretora enviou ofício ao prefeito solicitando decreto de autorização da desapropriação do imóvel. A Casa se responsabilizou pelo valor do ato avaliado em R$ 6,7 milhões. Segundo o presidente este dinheiro seria oriundo do duodécimo retirado com contenções de despesas.

Bernal, porém, se recusa a decretar desapropriação sob argumentação de que a verba do duodécimo deve ser utilizada para quitar dívida acumulada por atraso nos aluguéis da Câmara. “Na verdade ele não quer se sensibilizar no sentido de que achamos uma solução plausível”, avaliou Mario Cesar.

Para o presidente a mudança ao Paço vai gerar uma série de gastos desnecessário, tendo em vista que o chefe do Executivo terá de reestruturar o espaço disponível na prefeitura, remover do Paço duas secretarias e acomodá-las em outro lugar. “Vai de encontro ao que ele preconiza que é a economia do dinheiro público”, finalizou.

Opiniões – Para o ex-presidente da Casa, vereador Paulo Siufi (PMDB), Bernal não está agindo da forma correta. “Ele não vai fazer como se nós fossemos um vaso de planta onde pode colocar aqui ou ali. Não é dessa forma”, disse. O peemedebista acredita que o prefeito já deveria ter conversado sobre o assunto com o Mesa Diretora, mas não o fez porque quer medir forças com o Legislativo.

O vereador Eduardo Romero (PTdoB) acompanha a opinião do presidente da Câmara a favor da desapropriação do prédio. “Para desapropriar aqui só depende da assinatura dele, não consigo entender qual é problema em assinar”, questionou. Para o parlamentar, nem mesmo com reforma, o Paço conseguirá comportar a Casa.

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