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Política

Bernal reafirma que não pediu reajuste e diz que minoria será beneficiada

Fabiano Arruda | 20/12/2012 18:14
Alcides Bernal critica indicação de índice de reajuste para salário do prefeito, feita por vereadores nesta quinta. (Foto: João Garrigó)
Alcides Bernal critica indicação de índice de reajuste para salário do prefeito, feita por vereadores nesta quinta. (Foto: João Garrigó)

O prefeito eleito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), reafirmou, nesta quinta-feira, que não pediu, nem tinha interesse que seu salário fosse reajustado, conforme proposto pelos vereadores durante a sessão na Câmara Municipal nesta manhã.

Ele ainda rebateu o argumento dos parlamentares de que o aumento tem que ser votado para beneficiar servidores públicos, sobretudo, da Receita Municipal. Para o progressista, o reajuste vai beneficiar apenas uma pequena parcela dos funcionários públicos do município.

São pelo menos 52 servidores, que representam 26 categorias, que pressionam pelo aumento do vencimento do prefeito, já que possuem os ganhos atrelados ao salário do chefe da administração municipal, hoje de R$ 15,8 mil, que, segundo informações, congelado desde 2006.

“Vai beneficiar alguns servidores, apenas, colegas do Mário César (vereador do PMDB, que é servidor público municipal). Muito desagradável”, criticou Bernal.

Com a aprovação do aumento dos salários dos vereadores a partir do ano que vem para R$ 15 mil, os parlamentares passaram a discutir o reajuste também do salário do prefeito. Bernal, publicamente, sempre rejeitou a ideia.

A mensagem sobre o assunto teria de partir do Executivo, o que não ocorreu. Nesta quinta, pressionados pela presença dos servidores no plenário, vereadores utilizaram da prerrogativa para criar decreto legislativo e colocar o aumento do salário em tramitação na Casa. O texto vai para votação amanhã (21), última sessão do ano.

Como não tinham parâmetro de índice de reajuste, os parlamentares definiram, em consenso numa reunião, 31% de sugestão, visto que servidores cobraram 72% para repor a defasagem acumulada desde 2006.

Como o aumento do salário do prefeito também reajusta o rendimento mensal do vice-prefeito, dos 11 secretários municipais, dos auditores da Receita, além de pelo menos três médicos da rede pública de Saúde e outros dois servidores da Educação, o custo da folha do funcionalismo público da Capital deve ficar cerca de meio milhão mais cara a partir do ano que vem.

“Independente de não querer o aumento, ele (Bernal) não pode prejudicar as categorias e se não quiser ele que doe (salário) para instituições”, declarou o vereador Lídio Lopes (expulso do PP) durante a sessão desta quinta..

“Ele tem o salário de deputado estadual (R$ 24 mil) e vai vir para a função de prefeito com um salário menor?”, questionou Mário César (PMDB) ao falar sobre o assunto.

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