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Política

Bernal volta a negar “fabricação de emergência” e diz que fez “economia”

Josemil Arruda e Kleber Clajus | 23/12/2013 17:48
Bernal explicando teor da última defesa antes do julgamento na Câmara (Foto: Cleber Gellio)
Bernal explicando teor da última defesa antes do julgamento na Câmara (Foto: Cleber Gellio)

O prefeito Alcides Bernal (PP) voltou a negar nesta segunda-feira, durante entrevista coletiva, que tenha promovido “fabricação de emergência” para contratar empresas amigas. Ao mesmo tempo que seu advogado, Jesus de Oliveira Sobrinho, apresentava a defesa final por escrito na Comissão Processante da Câmara, o progressista reuniu a imprensa em seu gabinete para dizer que com as empresas Salute, MegaServ e Jagás trouxe “economia” para a Prefeitura de Campo Grande.

Ao lado de seus secretários municipais Ricardo Trefzger Ballock (Administração) e Wanderlei Ben Hur da Silva (Planejamento, Finanças e Controle) e do líder na Câmara de Campo Grande, vereador Marcos Alex (PP), Bernal fez sua última defesa antes do julgamento pelo Poder Legislativo no dia 30 de dezembro, quando poderá ter seu mandato cassado.

Segundo Bernal, como não poderia deixar de fornecer alimentos para os Centros de Educação Infantil (Ceinfs), realizar a limpeza dos postos de saúde e garantir gás de cozinha para as escolas, “foram realizadas licitações em regime emergencial”. Tudo isso, segundo o prefeito, foi para garantir a “continuidade” dos serviços públicos.

No caso da Salute, a contratação de outra empresa representaria um gasto de R$ 7,1 milhões. Com a Salute, o valor contratado teria sido reduzido para R$ 4,7 milhões. “A economia foi 34,42% para o município”, assegurou o chefe do Executivo. “A qualidade foi atestada por nutricionistas e diretores de Ceinfs”, acrescentou.

Quanto ao gás, relembrou que houve pregão presencial em que botijão de 13 quilos era cotado em R$ 52,80 e foi comprado por sua administração a R$ 38,00. Ressaltou que a economia foi de 41,34%.

No caso da limpeza, em que a MegaServ foi contratada, o prefeito fez denuncia contra o vereador Edil Albuquerque, presidente da Comissão Processante. “Quem autorizou o aumento de R$ 7,2 milhões para R$ 11,8 milhões foi o próprio Edil, que assinou o documento, em que Total ficava responsável pelos serviços”, afirmou o prefeito.

A todo momento, conforme Bernal, a prefeitura seguiu o caminho que a lei exige para a contratação emergencial. “Mais uma vez comprovamos que não houve fabricação de emergência, mas necessidade de agira para que não houvesse quebra no serviço de limpeza das unidades de saúde, falta de merenda escolar”, argumentou, referindo-se a um período em que Edil, por ser vice de Nelsinho Trad, foi prefeito em exercício.
Contraditoriamente, porém, Bernal chegou a falar de “irregularidades”, como se estivesse as admitindo, mas logo em seguida negou-as. “Irregularidade não é motivo para cassar prefeito, muito mais porque ela inexiste”, afirmou o progressista.

Quanto ao motivo de não ter ido prestar depoimento à Comissão Processante, no dia 16 de dezembro, Bernal assim justificou: “Não fui prestar depoimento porque a comissão é resultado de uma fraude”. Também questionou, durante a entrevista coletiva, o tempo que o ex-correligionário Raimundo Nonato teve para conseguir construir a denuncia que resultou na criação da Comissão Processante. “Foi feita em em tempo mais rápido que os técnicos”, apontou.

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