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Política

Brothers: empresários fraudam financiamentos, diz PF

Redação | 18/07/2009 09:30

Dois irmãos, investigados em duas operações da Polícia Federal, teriam obtido financiamento da Caixa Econômica Federal para construções, mas aplicaram o dinheiro como capital de giro de suas empresas, configurando crimes contra o sistema financeiro nacional e contra a ordem tributária. Os indícios estão sendo investigados pela Operação Brothers, iniciada pela PF após a prisão dos irmãos durante a Operação Owari, que levou 42 pessoas para a cadeia na semana passada.

Conversas entre um dos suspeitos e um funcionário da Caixa, identificado como Paulo, interceptadas por escutas da Polícia Federal, indicam que os empresários obtêm financiamento de forma fraudulenta e ainda destinam o dinheiro para outros fins. "Fica clara que há uma verdadeira confusão entre as contas das diversas empresas dos irmãos e das pessoas físicas, sendo o dinheiro transferido de uma para outra conforme a necessidade de caixa. Dessa forma, o dinheiro obtido para construção acaba servindo de capital de giro", diz o relatório das investigações, assinado pelo delegado Bráulio Cezar Galloni.

Apesar de indícios de outros crimes, como sonegação de contribuição previdenciária, a Polícia Federal afirma que a principal atividade ilícita dos irmãos, assim como da família Uemura, é fraude em licitações. O operador desse esquema, segundo a PF, agiria com total conhecimento e apoio do outro irmão.

A estratégia do grupo, segundo a PF, era basicamente utilizar empresas de terceiros para derrubar o preço oferecido nos processos de licitação. Vencedoras das licitações, essas empresas desistiam do contrato alegando que não haveria vantagem financeira e o serviço sobrava para as empresas dos irmãos.

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