ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, SEXTA  29    CAMPO GRANDE 24º

Política

Câmara aprova incentivos para indústria de tablets, mas exige contrapartidas

Josemil Arruda e Kleber Clajus | 25/03/2014 13:45
Emenda de Romero prevê doação de 1.000 tablets para Reme no primeiro ano (Foto: Marcos Ermínio)
Emenda de Romero prevê doação de 1.000 tablets para Reme no primeiro ano (Foto: Marcos Ermínio)

A Câmara de Campo Grande aprovou, por unanimidade, na sessão desta terça-feira (25) doação de terreno e incentivos fiscais para empresa Uninter Informática S.A. para implantar a indústria que vai produzir tablets em Campo Grande. Os vereadores acoplaram ao projeto, porém, seis emendas, com o intuito fiscalizatório e de que a empresa dê contrapartidas para a cidade.

A empresa prevê investir R$ 147 milhões na Capital, estimando faturamento R$ 248 milhões no primeiro ano e R$ 870 milhões a partir do quinto ano. Devem ser gerados 163 empregos diretos no primeiro ano e 447 diretos no quinto. A estrutura da indústria no pólo industrial terá 45 mil metros quadrados.

O terreno que está sendo doado pelo Município está avaliado em R$ 2,2 milhões. Além do terreno, a prefeitura dá isenção tributária de 10 anos do IPTU e reduz da alíquota do ISS, de 5% para 2% pelo mesmo período.

Em contrapartida, os vereadores aprovarão a realização de auditoria bienal, pela Câmara, dos investimentos realizados pela empresa, podendo revisar ou cancelar incentivo fiscal. A proposta foi apresentada por Eduardo Romero (PT do B), que em outro momento junto com Otávio Trad propôs que no segundo ano de produção da empresa 1% dos tablets seja destinado a alunos da Reme. Isso significa a doação de 1.000 tablets, já que a previsão é de que a indústria produza no primeiro ano 300 mil aparelhos, chegando a um milhão em cinco anos.

Outra proposta que a Câmara incluiu no projeto, do vereador Carlos Augusto, o Carlão (PSB), foi no sentido de relembrar que a empresa que tem compromisso com cotas de acessibilidade ao emprego. Assim, 10% de sua mão de obra deve ser constituída de deficientes físicos, 15% de integrantes da faixa etária acima de 40 anos e 20% de jovens do primeiro emprego.

Também foi bastante debatida a utilização da área doada como hipoteca, para garantia de financiamento do FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste). Nesse sentido, o vereador Paulo Pedra (PDT) fez sugestão de que seja vetada a hipoteca, argumentando que juridicamente não estaria correto.

Uma emenda proposta pelo vereador João Rocha (PSDB) prevê que imóvel seja revertido ao Município, caso a empresa não cumpra a execução do empreendimento previsto no projeto de lei.

Por fim, uma emenda previu que a Comissão de Indústria e Comércio da Câmara seja parte integrante da ouvidoria do Codecom (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Comercial) para acompanhar a implementação dos projetos econômicos.

 

Nos siga no Google Notícias