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Política

Candidatos contam com marqueteiros e maquiadores em debate "morno"

Lidiane Kober | 18/09/2014 23:25
Nos três minutos de intervalo comercial, auxiliares se apuravam para dar suporte a candidatos (Foto: Marcelo Calazans)
Nos três minutos de intervalo comercial, auxiliares se apuravam para dar suporte a candidatos (Foto: Marcelo Calazans)

Apesar das regras fechadas para evitar bate-boca, os candidatos foram, na noite desta quinta-feira (18), preparados ao debate da Arquidiocese de Campo Grande, em parceria com a UCDB (Universidade Católica Dom Bosco). Eles levaram marqueteiros, jornalistas e até maquiadores para aparecer bem no confronto e se proteger de eventuais armadilhas ou gafes.

Logo na entrada, o clima de harmonia e de apresentação de propostas, idealizado pelos organizadores, prevaleceu. Não houve confronto entre as torcidas. A mais reforçada era a do candidato a governador pelo PT, senador Delcídio do Amaral. O vermelho do partido dominou e poucos de azul, do representante do PMDB, Nelsinho Trad, se diferenciavam.

Ainda na intenção de evitar tumulto, a imprensa foi impedida de entrevistar os candidatos antes do debate. Eles circulavam pelos corredores, sempre grudados em seus marketeiros e assessores de imprensa.

Delcídio levou ao debate um marqueteiro da equipe do famoso Duda Mendonça e até uma maquiadora. A ordem, segundo a assessoria de imprensa, é não aparecer na TV sem antes dar um retoque na imagem. O petista, no entanto, só aceitou passar pela mãos da maquiadora depois de os concorrentes deixarem sala reservada a eles. Segundo assessores, o candidato não gosta da “frescura”.

Nelsinho foi acompanhado de uma equipe de jornalistas e levou a esposa para dar uma força especial. No final do confronto, inclusive, ele saiu de mãos dadas com ela.

Candidato do PP, Evander Vendramini foi assessorado por pelos menos duas jornalistas. Professor Monje, representante do PSTU e Sidney Melo, candidato do PSOL, foram acompanhados de correligionários.

Com equipe reforçada, a hora do intervalo era movimentada e a mesa dos candidatos ficava repleta de auxiliares. Quem não perdia tempo e corria até o chefe era o marqueteiro de Delcídio. O candidato, inclusive, era o que mais anotava ponderações em papel, enquanto ouvia os concorrentes.

O predominante, no entanto, era a tranquilidade. O clima foi possível graças as regras do debate, que proibiram perguntas entre os candidatos. Por outro lado, questionamentos bem elaborados trataram de temas atuais como desvio de dinheiro público em hospitais da Capital, violência doméstica, acidentes de trânsito e alta taxa de suicídio no Estado.

Gafes – Mediador do debate, o professor doutor Heitor Romero Marques insistiu o debate inteiro em chamar Monje de Manje e Vendramini de Vandramini.

No fim do primeiro bloco, ele confundiu a ordem de fala dos candidatos e chamou Nelsinho para se manifestar antes de Vendramini. Atento, o candidato do PMDB o alertou da troca. No segundo bloco, foi a vez de Delcídio pedir para a organização devolver o cronometro a tela, situada em frente aos candidatos.

Exceção e atraso – Teve gente, como a ex-secretária da Prefeitura de Campo Grande e atual candidata a deputada federal, Ritva Vieira (PP), que chegou atrasada e com pressa para entrar. A regra, porém, impedia movimentação no meio dos blocos. Sem saída ela, precisou esperar o fim da etapa para entrar no auditório.

O suplente do senador Delcídio, Pedro Chaves, por sua vez, ganhou passagem liberada e entrou no meio do terceiro bloco. Contrariados, alguns organizadores ficaram de “cabelo em pé” diante do risco de ele dar de cara com uma câmera.

Candidato a senador na chapa de Delcídio, Ricardo Ayache (PT) chegou no fim do terceiro bloco e esperou seu fim para ingressar no auditório no intervalo.

Zunzunzum – Antes e no final do debate, o zunzunzum foi a falta do candidato do PSDB, deputado federal Reinaldo Azambuja. Alguns aproveitaram para alfinetar.

“Parece que ele fugiu, só não sei do que”, comentou em tom de brincadeira Vendramini. “Acho que não há nenhum compromisso que possa ser maior do que expor suas ideais à população”, avaliou Nelsinho. “Acho que o debate tem que ser prioridade de todos nós, porque é uma oportunidade de tratar até de temas espinhosos”, opinou Delcídio.

Cinco dos seis candidatos ao governo do Estado foram ao debate da Arquidiocese (Foto: Marcelo Calazans)
Cinco dos seis candidatos ao governo do Estado foram ao debate da Arquidiocese (Foto: Marcelo Calazans)
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