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Política

Candidatos esperam mais doações para suprir déficit de R$ 12,5 milhões

Leonardo Rocha, Priscilla Peres e Ludyney Moura | 13/09/2014 11:19
Azambuja tem o maior déficit, conforme segunda prestação de contas (Foto: Divulgação)
Azambuja tem o maior déficit, conforme segunda prestação de contas (Foto: Divulgação)
Delcídio lidera as arrecadações, mas também gastou mais do que arrecadou (Foto: Divulgação)
Delcídio lidera as arrecadações, mas também gastou mais do que arrecadou (Foto: Divulgação)
Nelsinho também aposta nas doações na reta final para tirar contas do vermelho (Foto: Divulgação)
Nelsinho também aposta nas doações na reta final para tirar contas do vermelho (Foto: Divulgação)

O déficit de aproximadamente R$ 12 milhões nas gastos de campanha, registrado após a segunda parcial de prestação de contas feitas à Justiça Eleitoral pelos três principais concorrentes ao cargo hoje ocupado por André Puccinelli (PMDB), será pago com mais doações até o final das eleições. Pelo menos é isso que preveêm os comitês políticos.

As coordenações de campanha dos candidatos ao governo estadual explicam que a diferença entre os gastos e despesas com o que foi arrecadado até o momento, acontece pelo fato de serem incluídos contratos que serão pagos até o final da campanha. Eles afirmam que no final da eleição as doações e arrecadações irão cobrir os custos.

Até o momento Nelsinho Trad (PMDB), Reinaldo Azambuja (PSDB) e Delcídio do Amaral (PT) gastaram ao todo R$ 31 milhões em suas campanha para o Governo do Estado. As receitas dos três somam R$ 18,5 milhões, o que representa gastos 71% a mais do que receberam (doações), o que resulta no déficit de R$ 12,5 milhões. Os outros três postulantes ao cargo de governador, Evander Vendramini (PP), Sidney Melo (PSOL) e professor Monje (PSTU), declaram receitas e gastos que não ultrapassam R$ 28 mil.

A maior diferença nesta conta é do candidato Reinaldo Azambuja (PSDB), que gastou R$ 11,14 milhões, e arrecadou apenas R$ 3,09 milhões. "Existem compromissos assumidos que ainda não foram liquidados, são contratos firmados até o final da eleição, também existe a expectativa de aumentar a arrecadação, para suprir a demanda", explicou o presidente estadual do PSDB, o deputado Márcio Monteiro.

Delcídio do Amaral (PT) arrecadou R$ 10,5 milhões, mas a sua despesa foi de R$ 13,07 milhões, superior às doações. "Existem contratos com valor total, contas a pagar, que vão ser efetuadas ao longo do processo (eleitoral), ainda temos um mês para fazer a arrecadação, não iremos fechar a conta no vermelho", afirmou Marcus Garcia, um dos coordenadores de campanha do candidato petista.

Nelsinho Trad (PMDB) também não fugiu deste quadro, tendo gasto R$ 6,78 milhões e arrecadado R$ 4,89 milhões. Para o coordenador financeiro da campanha do ex-prefeito da Capital, os gastos maiores que as receitas são normais nesse período. " É assim que funciona. Você faz um compromisso para pagar no final, como se fosse um cheque pré-datado. Agora nós estamos correndo atrás de doadores para honrar os compromissos assumidos na campanha", disse Paulo Nahas. 

Estes dados foram divulgados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), no último final de semana, e são relativos a 2° parcela da prestação de contas dos candidatos ao governo estadual.

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