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Política

Chapa em construção nega vinculação a Júlio e prega recuperação da OAB

Josemil Arruda | 10/05/2014 15:37

O advogado Lázaro José Gomes Júnior, que está organizando uma das chapas para a eleição suplementar da secional sul-mato-grossense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS), garante que não tem nenhuma vinculação ao presidente da Júlio Cesar, como chegou a ser noticiado. “Não tem essa vinculação. Há restrição muito grande à atual administração”, afirmou ele. “O que queremos é a OAB em primeiro lugar, que ela volte a funcionar”, emendou.

Lázaro Júnior, como é mais conhecido, disse que seu grupo integra a oposição, alegando que até pouco tempo atuou em consonância com os que se autodenominam “históricos”, como Wladimir Rossi Lourenço, Ary Raghianti e Marco Túlio Murano. “Pertencemos à mesma linhagem, mas respeitando o posicionamento deles, a história deles, decidimos participar da eleição”, argumentou.

Na opinião dele, é preciso retomar o funcionamento normal da OAB-MS, mesmo que Júlio Cesar continue presidindo a entidade. “A OAB precisa prosseguir, o que não dá para acontecer sem as devidas composições. Hoje não tem secretário-geral para despachar recursos humanos, não tem vice-presidente para substituir o presidente em suas ausências”, avaliou.

Indagado se terá como sua futura chapa implementar seus projetos com Júlio na OAB, já que a entidade é presidencialista, Lázaro declarou sua crença de que, tendo maioria no Conselho Seccional e na diretoria, poderá influir decididamente na gestão. Para ele, o fato de a maioria da diretoria presidida por Júlio e do Conselho Seccional ter promovido a “renúncia coletiva”, alegando não ter como governar a entidade junto com o atual presidente, não passou de balela.

Irmão de Lázaro e também integrante da futura chapa, o advogado Aluízio Borges considera que a crise que aconteceu na OAB-MS decorreu de problemas na “convivência de grupos” que participaram da chapa encabeçada por Júlio Cesar. Considera que a maioria teria como determinar a condução da entidade, mas preferiu abandoná-la. “Como a maioria na Diretoria e no Conselho não consegue governar?”, indagou “A renúncia é ato pessoal”, acrescentou.

Pragmático, Lázaro Júnior prega união de forças para recuperar a OAB-MS. “Eu acredito que por situação estar tão desgastante é momento é de recuperar a moral, a imagem e retomar a rotina administrativa da OAB. Não é momento de disputa de forças, de interesses pessoais”, ponderou.

Contrato com Bernal – Quanto ao contrato de Júlio César com o então prefeito Alcides Bernal, contra o qual há processos éticos na OAB-MS, que originou a crise na entidade, diferentemente dos outros grupos de lideranças da advocacia, Lázaro Júnior não considera que os problemas surgiram por causa disso. “O que desencadeou as novas eleições não foi o contrato, mas a renúncia coletiva na secional da OAB”, apontou.

Questionado se o contrato não seria ilegal e imoral, como afirma a oposição “histórica”, o grupo de Alexandre Bastos e os dissidentes, Lázaro respondeu: “A Lei de Licitações assegura a inexigibilidade, desde que preencha alguns requisitos. Quanto à validade, não tive acesso ao processo para poder fazer juízo de valor. Aparentemente houve uma situação constrangedora em relação à OAB, devido ao desgaste político do Bernal. Não posso afirmar que foi ilícito”.

Aluízio Borges informa que seu irmão, Lázaro, conseguiu arregimentar um time que agrega ex-integrantes de quase todos os grupos de líderes da advocacia. Entre os futuros participantes da chapa, segundo ele, estão Regis Jorge Júnior, que foi vice do Marco Túlio Murano, e os advogados Renato Corrêa e Elvio Busson, entre outros. “Somos oposição responsável. Ninguém está indo para lá para fazer caça às bruxas”, definiu o advogado.

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