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Política

Ciro ataca candidatos do PSDB e do PSB e defende reeleição de Dilma

Edivaldo Bitencourt e Aline dos Santos | 28/11/2013 10:23
Ex-ministro participa de evento com donos de postos em Campo Grande (Foto: Cleber Gellio)
Ex-ministro participa de evento com donos de postos em Campo Grande (Foto: Cleber Gellio)

Ex-ministro da Fazenda e da Integração Nacional, ex-governador do Ceará e secretário estadual de Saúde cearense, Ciro Gomes, manteve o estilo polêmico ao participar do workshop do Sinpetro (Sindicato dos Revendedores de Combustíveis) em Campo Grande. Militante do PROS, ele criticou os pré-candidatos a presidência da República do PSDB e do PSB, criticou o programa de privatização do Governo federal e defendeu, apesar das incoerências, a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).

Gomes disse que não quer o retorno do passado, referindo-se ao PSDB que governou o País por oito anos com Fernando Henrique Cardoso. Na sua avaliação, o senador mineiro Aécio Neves (PSDB) representa o passado.

“Eu não quero a privatização do Banco do Brasil, do BNDES e da Petrobras”, atacou o ex-ministro, retomando a polêmica de 2006, quando o presidenciável tucano Geraldo Alckmin foi obrigado a se defender das insinuações de que adotaria um grande programa de venda de empresas estatais.

“Não quero que o Brasil embarque em projetos pessoais”, afirmou, sem citar o candidato do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e da ex-senadora Marina Silva (PSB). O cearense fez uma crítica mais aos dois. “O que une os dois é o ódio e a inveja da Dilma, o projeto não tem unicidade”, cutucou.

Para Ciro Gomes, o PSB vai lançar Marina Silva, que tem o dobro das intenções de votos de Campos para a presidente da República. O governador pernambucano, na sua opinião, vai disputar o Senado.

Ele avalia que o Brasil avançou na gestão do PT, iniciada em 2003 com Luiz Inácio Lula da Silva. Gomes disse que o salário mínimo vale US$ 300 hoje, contra US$ 76 nos anos 90. Reforçou a importância do Bolsa Família na proteção social das famílias carentes.

Apesar de não citar os protestos de junho, que derrubaram a popularidade de Dilma, Ciro fez uma análise sobre a classe média e os jovens, que estão descontentes com os rumos da política nacional, principalmente, com o aumento das denúncias de corrupção. “A Marina representa a negação coerente de tudo que está ai”, disse.

No entanto, observou que a ex-senadora não tem as respostas esperadas por parcela da sociedade que aposta em seu projeto de Governo. “A Marina não tem resposta para esses problemas. Usa frases feitas”, destacou.

Concessão – Ciro Gomes apóia o programa de concessões de rodovias, aeroportos e portos de Dilma. No entanto, ele criticou a forma de execução, como é o caso de só repassar os trechos rentáveis para a iniciativa privada.

Ciro Gomes citou os 50 aeroportos administrados pela Infraero, que acaba rateando o lucro obtido com os mais rentáveis para investir nos demais. No entanto, como o Governo privatizou seis rentáveis, a empresa vai ter prejuízo e precisará de socorro do Tesouro Nacional para investir em melhorias nos aeroportos que administra.

Para o ex-ministro, o Governo deveria “dar o filé com o osso” e não tirar a melhor parte da carne.

Ciro participa do workshop sobre sustentabilidade no Ondara Buffet, na manhã de hoje, em Campo Grande.

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