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Política

Cobrança de Siufi põe servidor contra Câmara Municipal

Redação | 01/07/2010 10:17

Cobranças feitas em tribuna pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Paulo Siufi (PMDB), provocaram revolta dos servidores da fiscalização da prefeitura.

Siufi criticou a falta de fiscalização de leis durante sessão de terça-feira e a resposta veio com mais críticas, agora sobre o excesso de leis aprovadas pelos vereadores, muitas inócuas, reclamam representantes dos fiscais.

Com cerca de 800 servidores na fiscalização em Campo Grande, o Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais) considera o número suficiente para a atuação no município. "O problema é que não falta lei sem sentido, ai fica difícil fiscalizar. São 5 mil leis em Campo Grande", reclama o presidente da entidade, Marcos Tabosa.

Na manhã de hoje, o prefeito Nelsinho Trad (PMDB), também saiu em defesa dos servidores, dizendo que não vai admitir que "falem mal de funcionários da prefeitura. Eles não merecem bofetada da Câmara".

Para Siufi, "se não houver fiscalização as leis não serão cumpridas. Irei fazer um manifesto contrário ao que está sendo realizado hoje nas secretarias do município. Do contrário de nada adianta estarmos aqui", disse durante a sessão.

Na avaliação de Tabosa, "o vereador deveria ir aos bairros, saber o que a população quer, não ficar só inventando leis". O presidente do Sisem diz que sabe do bom trabalho de alguns vereadores, que "costumam estar mais perto dos moradores", mas critica a postura de "muitos outros".

Ele cita algumas leis aprovadas recentemente que são "absurdas", como da antipornografia, aprovada neste ano, mas que na opinião dele não passa de cópia. "Pegam carona em leis que outros estados ou capitais e saem por aí criando coisas", critica.

Tabosa também elogia, lembrando dos benefícios da lei da Fila, que segundo o presidente do Sisem "mudou a realidade da lotação nas agências, por causa da fiscalização".

Outro destaque do sindicalista é para a regulamentação da lei das caçambas, que disciplina a colocação desses equipamentos nas ruas. "A fiscalização tem minimizado os riscos para motoristas nas ruas", garante. Ele também fala da lei da Fila, que segundo o presidente do Sisem "mudou a realidade da lotação nas agências, por causa da fiscalização", defende.

A mesma lei, foi uma das citadas por Siufi como regra que não é fiscalizada. "Quero que ele cite um acidente que ocorreu depois da lei regulamentada", desafia.

Siufi também lembrou da lei antifumo, que já é realidade em São Paulo, Rio de Janeiro. "Foi regulamenta semana passada, mas a prefeitura deu mais 60 dias para que donos de bares, restaurantes, possam se adequar", reclamou o vereador.

Para o presidente do Sisem, se a lei serve para conscientizar, nada mais necessário que prazo para adequação. Na opinião dele, as declarações de Siufi, mesmo direcionadas à prefeitura, são um desrespeito aos servidores públicos.

"Tem o prefeito, depois tem o secretário e depois deles os servidores. Atacar o trabalho da prefeitura é atacar todos os funcionários que trabalham e não é pouco".

Ele sai em defesa da prefeitura, que sancionou a proibição de cenas consideradas pornográficas em vitrines ou outdoors. "Pressionaram tanto que o prefeito teve de aprovar depois de vetar".

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