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Política

Com minoria na Câmara, Bernal pede “socorro” a Puccinelli

Zemil Rocha e Helton Verão | 25/02/2013 19:21
André: "Questão política é cada um" (Foto: João Garrigó)
André: "Questão política é cada um" (Foto: João Garrigó)

O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), pediu apoio ao governador André Puccinelli (PMDB) para ter condições de governabilidade junto aos vereadores da Câmara. Bernal tem minoria no Legislativo municipal, podendo efetivamente contar com apenas nove dos 29 vereadores. A maior bancada na Câmara é do PMDB, de Puccinelli, e comanda a Mesa Diretora e a oposição. O PP, partido de Bernal, elegeu apenas dois vereadores.

“Pedi para o governador André conversar com os vereadores que trabalharam em prol do outro candidato (deputado federal Edson Giroto, do PMDB), para que apóiem a nossa gestão num clima favorável, a favor do município”, afirmou Bernal, ao sair do encontro com André. Segundo o Bernal, André foi “receptivo” e se comprometeu a “conversar com alguns vereadores”.

Já o governador André Puccinelli disse, em entrevista coletiva, que não prometeu nada a Bernal. “Disse que posso dar uma ajuda, mas avisei que a Câmara é com ele”, declarou André, deixando evidenciado que há por enquanto apenas um início de busca de entendimento. Advertiu, no entanto, que o encontro teve muito mais de avanço institucional do que político. “Questão política é cada um”, apontou.

Bernal demonstrou satisfação com o resultado do encontro com o governador. “Reunião foi boa. Falamos de convênios, parcerias e investimentos para a Capital. O interesse de ambos é trabalhar juntos em prol da Capital”, disse. André disse que está sempre disposto a atender os prefeitos. “A conversa foi muito boa”, informou o governador.

Bernal saiu "satisfeito" da reunião com André (Foto: João Garrigó)
Bernal saiu "satisfeito" da reunião com André (Foto: João Garrigó)

Sobre os desentendimentos recentes em torno das mútuas cedências de servidores públicos entre a prefeitura e o governo do Estado, Bernal preferiu negar qualquer conflito. “Não existe nenhum tipo de discórdia entre nós”, garantiu o prefeito. Indagado sobre os números de servidores cedidos de um lado e de outro, o chefe do Executivo municipal não soube informar.

Já André, após ser várias vezes indagado sobre a quantidade de cedências, chegou a interromper a entrevista coletiva para pegar um documento com números, que estavam em seu gabinete. Revelou que o Estado cedeu 422 servidores para a prefeitura de Campo Grande, dos quais 420 com ônus remuneratório e dois sem. Já a prefeitura teria cedido apenas 164 funcionários públicos, 141 com ônus e 23 sem ônus.

Fábrica chinesa – Entre os convênios que o prefeito Bernal discutiu com o governador Puccinelli está um que tratará de incentivos para a implantação de uma indústria chinesa em Mato Grosso do Sul. Bernal não revelou, afirmando que poderia atrapalhar as negociações. Puccinelli, porém, informou que se trata de uma fábrica para “produção de tratores da faixa amarela”.

Esse tipo de convênio, segundo o governador, tem maior aporte do governo do Estado, que oferece a maior parte das vantagens. “A prefeitura dá terreno, que eu dou o resto”, explicou Puccinelli.

Luta contra dengue – O prefeito Alcides Bernal disse que também solicitou ao governador André Puccinelli apoio da Polícia Militar nos casos em que há necessidade de a fiscalização municipal entrar em imóveis, que representam risco para a proliferação do mosquito da dengue.

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