Com o fim das CPIs, deputados prometem acompanhar investigações
Relatórios serão entregues para diversos órgãos de controle
Com o final das três CPIs na Assembleia Legislativa, os deputados que participaram destes trabalhos prometem acompanhar e até cobrar os órgãos de controle, sobre que providências serão adotadas em relação as denúncias e até o pedido de indiciamento de pessoas, por crimes e ações irregulares cometidas.
A presidente da CPI do Cimi, a deputada Mara Caseiro (PSDB), ponderou que ainda vai entregar pessoalmente o relatório final para o MPE (Ministério Público Estadual), MPF (Ministério Público Federal), Ministério da Justiça e até a Presidência da República. "Vamos ter o cuidado de entregar e explicar o nosso trabalho, quero ter uma audiência com o presidente Michel Temer (PMDB".
Mara ainda citou que após entregar as denúncias, vai acompanhar os trabalhos dos órgãos de controle e até cobrar o resultado das denúncias realizadas. "Vamos estar sempre em contato, até porque foram apresentadas provas e pedidos de indiciamento". A CPI concluiu que o Cimi (Conselho Missionário Indigenista) promove a guerra no campo, para continuar recebendo recursos de fora do País.
O deputado Beto Pereira (PSDB), presidente da CPI dos Combustíveis, vai entregar nesta tarde (05), a partir das 15h, o relatório final ao MPE. "Identificamos algumas situações importantes, como a falta de recursos técnicos e financeiros para fazer uma fiscalização de qualidade no setor, mostrando falhas do governo federal".
O tucano também cita os indícios da prática de "dumping" em Campo Grande, quando as empresas abaixam o preço, para falir a concorrência, assim como a "formação de cartel" no interior do Estado. "Durante um ano o preço não teve variação, linear, deve ser investigado". Ele espera que estes pontos tenham uma atenção especial das instituições.
Separado - Já o presidente da CPI do Genocídio, João Grandão (PT), espera que os órgãos de controle tenham o cuidado de ler o relatório oficial da comissão, assim como seu voto em separado. "Houve duas conclusões diferentes, por isso precisa analisar as duas versões, para não existir injustiça".
Nesta CPI os integrantes chegaram a conclusão que não houve omissão do Estado, nos crimes de violência praticados contra os povos indígenas, já que a elucidação foi até acima da média, das demais ocorrências, no entanto o petista teve uma avaliação contrária, ainda sugerindo um pedido de "desculpa" do poder público aos índios de Mato Grosso do Sul.