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Política

Com prisões de 3 vereadores, Câmara de Alcinópolis vai se reunir amanhã

Aline dos Santos | 21/07/2011 12:52

Com as prisões de três dos nove vereadores, incluindo o presidente, a Câmara Municipal de Alcinópolis vai se reunir amanhã para “arrumar a casa”. As prisões foram durante o recesso parlamentar, iniciado no último dia 11, e a maioria dos parlamentares estava viajando.

De acordo com o assessor jurídico da Câmara, Jordelino Garcia de Oliveira, o regimento interno prevê que o vereador mais velho assuma a presidência. Dessa forma, o comando da Câmara deve ficar com Izamita Alves Leite (PMDB).

Ontem, foram presos o prefeito de Alcinópolis, Manoel Nunes da Silva (PR), o presidente da Câmara, Valter Roniz (PR) e os vereadores Enio Queiroz (PR) e Valdeci Lima (PSDB). Todos são suspeitos de envolvimento na execução de Carlos Antônio Carneiro, então presidente da Câmara.

Ele foi morto em outubro do ano passado, em Campo Grande. Ontem também foram presos o comerciante Ademir Luiz Muller e a funcionária da prefeitura Jurdete Marques de Brito.

As prisões são válidas por 30 dias. Agora, caberá à Câmara dar andamento aos possíveis processos de cassação dos três vereadores presos e empossar os respectivos suplentes. Em seguida, deve ser eleita uma nova mesa diretora.

Já o comando da prefeitura deve ser assumido pelo vice-prefeito Alcino Carneiro, que também é pai do vereador morto.

Crime – Até então, nove meses depois da morte do vereador, três homens respondem na justiça pelo crime. Irineu Maciel foi preso em flagrante por policiais civis que passavam próximo ao local do assassinato.

Ele foi levado ao local do crime na garupa da moto de Aparecido Souza Fernandes, de 35 anos. Na delegacia, o pistoleiro relatou que o crime foi intermediado pelo seu cunhado Valdemir Vansan. A morte do vereador teria sido contratada por uma terceira pessoa, cujo nome não foi revelado. Valdemir foi preso horas depois do assassinato.

Ainda na delegacia, Ireneu disse que receberia R$ 20 mil, sendo R$ 3 mil adiantados, pelo crime e que o revólver calibre 38 lhe foi entregue pelo cunhado. O acerto era para “fazer uma pessoa”, cujo nome foi repassado por Valdemir.

Em interrogatório diante do juiz, Irineu deu uma nova versão para o crime. De acordo com ele, o motivo foi vingança porque o vereador o teria humilhado. O pistoleiro também afirmou ser dono da arma utilizada na execução.

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