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Política

Comissão da Câmara vai a Dourados para investigar conflitos indígenas

Edmir Conceição | 01/12/2011 13:55
Deputado Laerte Tetila (PT)
Deputado Laerte Tetila (PT)

Parlamentares que integram a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados farão visita a Dourados nesta sexta-feira, a pedido do deputado estadual Laerte Tetila (PT). A 'diligência' vai se estender até sábado. Tetila, que é presidente da Comissão de Direitos Humanos, Trabalho e Cidadania da Assembleia Legislativa, disse que é preciso investigar o desaparecimento e possível morte do cacique guarani Nísio Gomes, em Aral Moreira.

Representando a Câmara dos Deputados estarão em Dourados os deputados Domingos Dutra (PT-MA), Erika Kokay (PT-DF), Padre Ton (PT-RO), Luiz Couto (PT-PB) e Antônio Carlos Biffi (PT-MS). Segundo Tetila, a imagem de Mato Grosso do Sul não está boa pelo Brasil e pelo mundo afora. O estado, conforme ele, tem a segunda maior população indígena do país e, ainda assim, não consegue garantir a segurança desses povos tradicionais.

Em documento, a Comissão justifica sua presença em Mato Grosso do Sul, citando o caso de Nísio Gomes; o ataque com coquetel molotov a um ônibus escolar em Miranda que resultou na morte de uma jovem-mãe de quatro filhos e um outro ataque de na comunidade Guarani/Kaiowá do Tekoha Pyelito Kue em Iguatemi, onde, no mesmo mês, foi morto o indígena Teodoro Ricardi e tentaram, também, assassinar o jovem indígena Isabelino Gonçalves, que conseguiu escapar dos tiros.

A diligência foi decidida pela plenária da Comissão ao aprovar, por unanimidade, requerimento da deputada Érika Kokay.

“Vamos acompanhar a Comissão, porque a defesa do índio tem sido nosso trabalho ao longo dos anos. Em 2011, por duas vezes, estive em Brasília, no Ministério da Justiça, para cobrar soluções para o fim da violência e investigações mais aprofundadas; agora, vejo que o trabalho começa a surtir resultado. Esperamos que esse seja somente o primeiro passo de uma série de vitórias e desafios que virão para melhorar a vida das famílias indígenas. O nosso querido estado não pode mais ficar de braços cruzados vendo tudo isso acontecer”, disse Tetila.

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