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Política

Coordenadora teme perder cargo depois de declarações na CPI

Leonardo Rocha | 17/06/2013 13:50
Silmar revelou que pode perder o cargo e corre risco de vida com denúncias (Foto: Marcos Erminio)
Silmar revelou que pode perder o cargo e corre risco de vida com denúncias (Foto: Marcos Erminio)

A coordenadora do setor de radioterapia e presidente do conselho gestor do HU (Hospital Universitário), Silmar de Fátima Lima, ressaltou que se for expor todas as informações sobre o setor de oncologia do hospital poderá perder o cargo e ainda colocar sua vida em risco. “Melhor uma conselheira viva do que morta, tenho conhecimento profundo sobre o HU, mas não posso revelar”, afirmou ela.

Silmara descreveu a cronologia histórica desta situação aos integrantes da CPI da Saúde, hoje de manhã na Câmara Municipal. Ela levou uma série de documentos para facilitar o entendimento dos membros da comissão. “Em 2005, o setor de oncologia estava em perfeitas condições até que foi firmado um convênio entre UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e a Fundação Carmem Prudente”, iniciou a apresentação.

De acordo com a coordenadora, a radioterapia e quimioterapia funcionaram de 2007 a 2009, porém em outubro de 2008, algumas ações começaram a mudar este quadro. “Quando voltei de férias percebei que pacientes estavam sendo repassados para outros lugares, apesar do setor estar funcionando bem no hospital”. Depois desta situação, em março de 2009 foi montada uma comissão de estudos de radioterapia do HU, seguido em junho por um acordo de cooperação com o INCA (Instituto Nacional de Câncer).

Em agosto de 2009, foi o período em que houve a substituição na direção do hospital, pelo médico José Carlos Dorsa. “Depois houve um declínio que culminou no fim das atividades”, declarou. Silmara revelou que somente em março de 2013 foi convidada pelo diretor (Dorsa) para assumir a coordenação de radioterapia. “Agora estou envolvida em toda esta situação, porém acredito que posso perder meu emprego por conta destas declarações”, enfatizou.

Conselho – A conselheira explicou que o conselho gestor nunca teve um papel efetivo nas ações do hospital, apenas era informada dos atos e responsável pela fiscalização. “Quem tomava as decisões era a Câmara Técnica, que tinha representantes da gestão estadual, municipal e local. Ela roubou o espaço que pertencia ao conselho”, afirmou.

Silmara ressaltou que o setor voltou a funcionar em 2013, após dois médicos terem sido convocados, e deixou de funcionar em abril depois da visita da Força Tarefa. O hospital já comprou os “dosímetros”, que medem a porcentagem de radiação que os pacientes estão expostos, e agora espera que o serviço possa retornar nesta semana. “Queremos apenas que os 29 pacientes voltem a receber o tratamento”, explicou ela.

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