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Política

CPI da Violência Indígena terá de analisar 5 mil páginas de inquéritos em 2016

Flávio Paes | 10/12/2015 22:49
CPI definiu primeiros depoimentos que serão ouvidos em 2016 (Foto:Divulgação)
CPI definiu primeiros depoimentos que serão ouvidos em 2016 (Foto:Divulgação)

 A partir de fevereiro do ano que vem, aproximadamente 5 mil páginas de documentos terão de ser analisadas pelos deputados que integram a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a ação/omissão do Estado nos casos de violência praticados contra os povos indígenas entre 2000 e 2015. São inquéritos policiais instaurados no período e relacionados a casos de violência praticados contra indígenas em todo o Mato Grosso do Sul.

O material foi entregue à CPI no último dia 3  pelo secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Sílvio Cesar Maluf. “Chegamos a um índice de excelência, que é a elucidação de 81% dos casos de homicídios de indígenas”, afirmou, na ocasião. Em relação aos homicídios de não indígenas, o índice apresentado foi de 73% de elucidação.

A CPI só vai retomar os depoimentos na volta do recesso parlamentar, no dia 04 de fevereiro de 2014. Já estão agendas oitivas do coronel Deusdete Souza de Oliveira Filho, comandante-geral da Polícia Militar, e o delegado-geral da Polícia Civil, Roberval Maurício Cardoso Rodrigues.

Os deputados vão localizar e ouvir os médicos legistas que assinaram os laudos das necrópsias realizadas nos indígenas Marcos Veron, Osiel Gabriel e Semião Vilhalva. O kaiowá Marcos Veron foi assassinado em janeiro de 2003 na terra Taquara, assim chamada pelos índios, em Juti, durante um dos mais violentos embates no campo já registrados no Estado.

O terena Osiel Gabriel, foi morto dia 30 de maio de 2013, durante uma ação de reintegração de posse de duas fazendas localizadas em Sidrolândia. O guarani-kaiowá Semião Fernandes Vilhalva, foi encontrado morto dia 29 de agosto deste ano (2015) durante conflito por terras no município de Antônio João.

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