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Política

CPI vê facilidade em licitação e cogita vitória de empresa “fabricada”

Lidiane Kober e Bruno Chaves | 14/11/2013 18:50

Após pesquisar histórico do Consórcio Telemídia, deputados estaduais, integrantes da CPI da Saúde, questionaram, nesta quinta-feira (14), a vitória da empresa em licitação para implantar sistema de gerenciamento nos postos de saúde da Capital e manifestaram suspeita de a Telemídia ser “fabricada” justamente para ficar com o contrato de R$ 9,9 milhões.

“Parece que a licitação foi montada para a Telemídia ganhar”, avaliou o vice-presidente da CPI, deputado estadual Lauro Davi (Pros). Amarildo Cruz (PT), presidente da comissão, estranhou o fato de a empresa vencer “com alguns centavos a mais do previsto no edital” e o “tempo recorde” de 30 dias para conclusão do processo.

Em depoimento à CPI, a ex- presidente da Comissão de Licitações da Prefeitura Municipal, Mara Iza Arteman, disse ser responsável apenas por “montar trâmite, recolher e encaminhar documentos ao próximo setor”. Questionada se recebeu alguma orientação para facilitar a vitória da Telemídia, ela negou.

Com a empresa, disputou o contrato a JME. Segundo pesquisa da CPI, a empresa tem renomada experiência no setor de tecnologia da informação, mas perdeu a disputa por falta de documentos. “Agora, pesquisei pela Telemídia e não achei nada, nem site da empresa”, disse Amarildo. “Lógico que isso não poderia dar certo”, emendou, fazendo menção ao fato de a Telemídia ter recebido 96% do pagamento e não ter concluído o serviço.

Lauro Davi ainda informou que no endereço da empresa, em Santana de Parnaíba (SP), só foi localizado muro e mato em torno da sede. “A cidade, inclusive, é conhecida por conceder facilidades na abertura de empresas”, comentou.

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