Crianças vão às urnas por motivos diferentes no Centro e na periferia
Pais levam os filho para acompanhar as votação para destacar a importância do voto consciente e da participação do processo democrático. No entanto, na periferia, os adultos levam as crianças por falta de local onde deixá-las.
No Colégio Dom Bosco, na área central de Campo Grande, a maioria dos pais, que foram acompanhados dos filhos, levaram as crianças para estimular o voto. Como o juiz do trabalho aposentado Rodnei Doresto, 58 anos, que levou as netas, de um e cinco anos, para a votação.
“Foi uma coincidência, pois hoje é dia de reunir a família, mas não deixa de incentivar a criança”, comentou o avô. A avó das meninas, a fisioterapeuta Marilena Lazarini, 54, achou importante levar as meninas. “Aprende a votar certo”, admitiu.
A doméstica Nair Assunção dos Santos, 62, levou a neta, 5 anos, para votar, mas alegou que trouxe por que não teria como deixá-la em casa, já que sua mãe estava trabalhando. A irmã dela, Selma Nydia, 34, acreditou que levar a menina no dia da eleição não irá influencia-lá, mas sim o comportamento da família.
“Minha mãe nunca levou a gente para as eleições, mas nós nos tornamos eleitoras conscientes do mesmo jeito”, admitiu Selma.
Já no Bairro Noroeste, na Escola Municipal Ione Catarina Gianotti Igydio, o cenário foi diferente. Muitas crianças compareceram à zona eleitoral com os pais, porém eles não acreditaram que isso iria influenciar algo, somente os levaram para que não ficassem em casa sozinhos.
A doméstica Jucilene Matias, 31, levou o filho, Enzo de cinco anos, à urna. “Não tem como deixar o filho em casa, mas acho que ele não entende nada. Para ele tanto faz”, analisou a doméstica.
Os pais de Kauany, 1 anos e 4 meses, o pedreiro Antônio Carlos, 25, e a dona de casa Josi Santos, 19, levaram a menina pela primeira vez as eleições, porque não tinham onde deixá-la e acreditaram que isso não irá influencia a filha no futuro.
Antônio concordou com a esposa, mas acreditou que a influência pode ser positiva. “É bom trazer para acompanhar, não vão entender muito, mas é bom trazer”, completou o pedreiro.