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Política

Crise no secretariado municipal centraliza debates na sessão da Câmara

Vanda Escalante e Fabiano Arruda | 21/06/2011 12:42

Com o plenário lotado, praticamente todos os vereadores se manifestaram sobre a questão.

paulo Siufi diz que, no lugar de Nelsinho, "seria mais enérgico". (Foto: Marcelo Victor)
paulo Siufi diz que, no lugar de Nelsinho, "seria mais enérgico". (Foto: Marcelo Victor)

A crise política instalada por conta da exigência de pedido de demissão dos secretários municipais pelo prefeito Nelsinho Trad (PMDB) foi o centro dos debates na sessão da Câmara de Vereadores na manhã desta terça-feira. Com o plenário lotado, praticamente todos os vereadores se manifestaram sobre a questão, atrasando para perto do meio-dia o início das atividades parlamentares previstas para a sessão.

Quem deu início à discussão foi o vereador Athayde Nery (PPS), que comentou o episódio fazendo analogia com um jogo de futebol. “Não está certo trocar todo o time aos 45 minutos do primeiro tempo”, disse o vereador. Para ele, o prefeito teve uma atitude antidemocrática e “terrorista” ao colocar todo o secretariado “no mesmo balaio” e criticou ainda a falta de um diálogo prévio com os parlamentares a respeito da necessidade de mudança do secretariado, que reputou como decisão exclusivamente política.

O vereador disse ainda que, mesmo tendo sido líder do prefeito e presidente de fundação, faz questão de manter sua autonomia política. “Não abro mão do direito, enquanto parlamentar, de criticar o prefeito, como também não abro mão de minha candidatura pelo PPS”, afirmou.

Já o presidente da Câmara, vereador Paulo Siufi (PMDB), apesar de reafirmar que continua ao lado do prefeito e que o apóia, afirmou que, no lugar de Nelsinho, teria “uma atitude mais enérgica”. “Se o secretariado não está correspondendo, tem que ser trocado, mas eu não faria como ele; eu chegaria e demitiria todo mundo”, disse.

Sifui afirmou ainda que não acredita que a decisão de Nelsinho tenha tido caráter mais político que administrativo. E pesar de ter feito ontem uma previsão de 7 a 10 dias para a definição do novo secretariado, sinalizou que ainda esta semana a “reforma” deve estar concretizada, admitindo inclusive que não vê problemas em se mexer nas secretarias que “pertencem” ao PMDB e estão no centro da crise, como é o caso da pasta de Obras.

O peemedebista defendeu ainda a atitude do prefeito, alegando que Nelsinho quis “alinhar” todo mundo que está a seu lado, e condenou o “fogo amigo” das críticas que vêm da base aliada.

PSDB - Em aparte durante fala do vereador João Rocha, o vereador Cristóvão Silveira, ambos do PSDB, disse que apóia o prefeito Nelsinho, mas que é possível um partido ser da base aliada e, ao mesmo tempo, planejar candidatura própria para as eleições do ano que vem. E concluiu dizendo que entende as decisões sobre secretariado como atribuição exclusiva do prefeito.

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