De olho em 2012, Dagoberto pode trocar o PDT pelo PT

O deputado federal Dagoberto Nogueira faz um caminho em direção aos petistas que pode não ter mais volta e, sem via de retorno, trocar o PDT pelo PT para disputar as eleições de 2010. Na verdade, o ensaio, desenhado pelo ex-conselheiro João Leite Shimidt, tem como alvo o pleito de 2012, quando vai estar em jogo a vaga de prefeito da Capital.

O atual presidente regional do PDT, deputado Ary Rigo, tem o controle da legenda em sua mão e é favorável a aliança com o PMDB do governador André Puccinelli, ao contrário de Dagoberto e Shimidt que preferem acordo com o PT. Contrariado no partido, o deputado não teria outro caminho a não ser sair. Alegaria razões que não o fizessem perder o mandado por infidelidade. Como exemplo: perseguição na legenda.

Próximo do ex-governador Zeca do PT, Dagoberto e Shimidt vão insistir na coligação do PDT com os petistas, mas, visualizado a derrota, optariam pela troca de legenda. No PT, o deputado pode sair candidato à reeleição ou mesmo disputar uma vaga para o Senado.

Na disputa pelo cargo majoritário, mesmo não vencendo, Dagoberto aposta numa votação expressiva que lhe dê credencial para ser o candidato petista à prefeitura de Campo Grande, sonho que acalenta desde 2004, quando foi o escolhido por 52.929 eleitores, ficando em terceiro lugar. Eleitorado que cresceu para 97.803 em 2006, quando se elegeu para a Câmara Federal.

Numa aliança com André Puccinelli, Dagoberto encontraria obstáculos intransponíveis para viabilizar sua candidatura à prefeitura da Capital, a começar pelos concorrentes naturais no PMDB. Além do fato de não ser, nem de longe, unanimidade entre as principais lideranças peemedebistas e tucanas.

Políticos que acompanham e participam das articulações para a eleição de 2010 veem essa alternativa do deputado federal cresce a cada dia. "