ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 23º

Política

Defensoria propõe criar 312 cargos para substituir comissionados

Leonardo Rocha | 11/12/2014 12:23
Se não houver entendimento, projeto que cria novos cargos para Defensoria, poderá ficar para 2015 (Foto: Giuliano Lopes)
Se não houver entendimento, projeto que cria novos cargos para Defensoria, poderá ficar para 2015 (Foto: Giuliano Lopes)

O projeto, que cria 312 novos cargos para Defensoria Pública, gerou polêmica entre os deputados e com os próprios integrantes da instituição. A proposta prevê a criação de 300 vagas para analista jurídico e 12 de analista em gestão especializado, que serão cargos efetivos, selecionados através de concurso público, para atender determinação do Ministério Público.

A intenção do projeto é ter a autorização para abrir estas 312 vagas efetivas, para serem preenchidas com o tempo através de concursos.

Não haverá aumento de pessoal, já que quando estes novas vagas forem preenchidas, serão dispensados servidores comissionados, com a extinção do cargo de assessores de defensores públicos, em um período de 30 dias, após os cargos forem providos.

A subdefensora pública-geral, Nancy Gomes de Carvalho, explicou que hoje o órgão conta com 384 cargos efetivos, sendo apenas 16 ocupados e 368 vagos.

Em contraste a este cenário, existem 404 cargos comissionados, sendo 297 ocupados e 107 vagos. "Esta situação está irregular, por isso vamos buscar esta autorização para abertura de vagas efetivas, que serão preenchidas através de concursos", ressaltou ela.

O Ministério Público Estadual já abriu inquérito civil em função do baixo número de servidores efetivos, em detrimento dos comissionados, inclusive sugerindo a realização de concurso público.

Nancy ponderou que um concurso será aberto em fevereiro, mas que das 12 vagas de analistas em gestão especializado, serão abertas nesta seleção apenas 4 (vagas), para o cargo de analista jurídico que serão criados 300 cargos, não irão participar deste concurso, apenas nos próximos.

"Desde que recebemos a autonomia em 2005, a Defensoria não realizou concurso, será o primeiro (fevereiro), com vagas para cargos já existentes como analista para administração, auxiliar e técnico e quatro para este cargo novo de analista jurídico", observou ela.

Polêmica - O projeto possui resistência de integrantes da própria instituição, já que existe um colegiado formado por defensores, que não foram consultados sobre estas alterações e por isso reclamam destes novos cargos.

Também existem divergências sobre a extinção de assessores dos defensores, que são comissionados e serão substituídos por analistas jurídicos, que serão efetivos, selecionados através de concurso.

O deputado Marquinhos Trad (PMDB), presidente da Comissão de Constituição e Justiça, pediu para analisar o projeto, já que acredita que vários itens deste precisam ser alterados e modificados.

"O projeto está com o Marquinhos, enquanto ele não liberar não vai a votação, se na semana que vem não houver um entendimento interno da própria Defensoria, assim como a liberação pela comissão, a proposta pode ficar para o ano que vem", explicou o deputado Junior Mochi (PMDB).

Nos siga no Google Notícias