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Política

Delcídio diz que não guarda mágoas e vai reverter "onda antipetista"

Aline dos Santos | 28/10/2014 15:13
Delcídio vai se dedicar ao mandato de senador e ao planejamento das próximas eleições. (Foto: Marcelo Calazans)
Delcídio vai se dedicar ao mandato de senador e ao planejamento das próximas eleições. (Foto: Marcelo Calazans)
"Sou senador da República, vou continuar ajudando Mato Grosso do Sul" (Marcelo Calazans)
"Sou senador da República, vou continuar ajudando Mato Grosso do Sul" (Marcelo Calazans)
“O povo é patrão, então, em sendo patrão, ele escolheu aquele que entendia como o melhor candidato ao governo” (Foto: Marcelo Calazans)
“O povo é patrão, então, em sendo patrão, ele escolheu aquele que entendia como o melhor candidato ao governo” (Foto: Marcelo Calazans)
Sou um camarada que só olho para frente. Eu sou um homem que não tenho mágoas" (Foto: Marcelo Calazans)
Sou um camarada que só olho para frente. Eu sou um homem que não tenho mágoas" (Foto: Marcelo Calazans)

Candidato derrotado ao governo do Estado, o senador Delcídio Amaral (PT) afirma que saiu da acirrada disputa eleitoral sem mágoas, com o desafio de reverter a onda antipetista em Mato Grosso do Sul e já preparando o terreno para as eleições municipais de 2016.

Dois dias após o resultado das urnas, o senador recebeu o Campo Grande News para entrevista exclusiva em sua casa na Capital. Bem humorado, cantarolou até Gilberto Gil, só economizando na fala quando questionado sobre a relação com o governador eleito Reinaldo Azambuja (PSDB).

“Não sei, não posso fazer nenhum juízo de valor. Só tenho um compromisso, que coloquei, inclusive, na nota que a assessoria divulgou no dia da eleição. Sou senador da República, vou continuar ajudando Mato Grosso do Sul. Esse meu compromisso vai continuar independentemente do resultado da eleição. Vou continuar trabalhando pelos municípios, pelo Estado e procurando honrar os votos que recebi. Nós consolidamos 45% dos votos em Mato Grosso do Sul, apesar de todos os ataques que o PT sofreu”, afirma.

Ainda sobre o resultado das urnas, ele afirma que respeita a vontade da população, que optou pela projeto do candidato do PSDB. “O povo é patrão, então, em sendo patrão, ele escolheu aquele que entendia como o melhor candidato ao governo”, diz.

Ao fim de uma das campanhas mais disputadas da história do Estado, com denúncias que passaram por corrupção a ataques familiares, monopolizando a Justiça Eleitoral com direitos de resposta, Delcídio garante que encerra a disputa sem mágoas.

“Sou um camarada que só olho para frente. Eu sou um homem que não tenho mágoas, porque mágoa faz mal para a alma. Como não quero fazer mal nenhum para mim e nem para a minha alma, não tenho mágoa. É evidente, eu tenho constatações e, em cima dessas constatações, aprendo um pouco mais e caminho. Tem uma música do Gilberto Gil que diz assim: 'Prezado amigo Afonsinho, eu continuo aqui mesmo; aperfeiçoando o imperfeito; dando tempo, dando um jeito; desprezando a perfeição; que a perfeição é uma meta”, afirma.

Garantindo que permanece no PT, ele avalia que o partido precisa avaliar os erros e se preparar para as próximas eleições. “O PT de Mato Grosso do Sul segue firme e forte. Com consciência dos seus acertos e erros. Refletindo sobre um processo interno que o PT vai passar em função desse movimento todo anti PT que existiu no Brasil inteiro”, salienta. Na casa do senador, o constante o entra e sai de políticos sinaliza que as discussões estão a pleno vapor.

Já com enfoque nas próximas eleições, o senador avalia que o Partido dos Trabalhadores tanto pode lançar um candidato próprio, quanto apoiar algum aliado para a prefeitura de Campo Grande. A única exigência é que o nome seja competitivo.

Nas últimas eleições para a Capital, maior colégio eleitoral do Estado e que teve peso decisivo para a vitória de Azambuja, o PT foi acusado de optar por nomes menos expressivos. Pensando mais à frente, garante ser prematuro falar em nova candidatura ao governo em 2018.

“Não digo que sejam candidatos mais fracos. Foram candidato que já foram deputados estaduais. Recentemente o Vander, que é deputado federal. Gente com muito voto. E dentro dessa nova formatação que a gente está discutindo, com certeza vai ter candidato em Campo Grande. Ou então buscar os partidos aliados para escolher aquele candidato que é o mais competitivo, que venha ao encontro das aspirações do campo-grandense, que foram frustradas com impeachment do Alcides Bernal”, diz.

Com quatro anos de mandato como senador pela frente, Delcídio retorna amanhã a Brasília. Ele vai se reunir com a presidente Dilma Rousseff (PT), que foi reeleita. “Tenho que cumprir o meu mandato. Tenho muito trabalho pela frente, preparar as eleições de 2016 e 2018, independente de quem vai ser candidato”.

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