Delcídio vai à Petrobras discutir valor do gás boliviano
O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) se reunirá com a diretoria da Petrobras na próxima semana para discutir problemas relativos à importação do gás boliviano.
Na prática, a Petrobras está usando um mecanismo de transferência para subfaturar o preço na revenda, o que prejudica Mato Grosso do Sul.
Isso porque o Estado recebe o ICMS por todo produto que entra no País através de Corumbá (426 km de Campo Grande).
Além desse assunto, Delcídio, que já foi diretor de Gás e Energia da Petrobras, discutirá também o volume de importação, que caiu muito nos últimos meses, devido à crise econômica mundial.
Hoje, entram no Brasil, via Corumbá, 25 milhões de metros cúbicos por mês. Antes, eram 31 milhões.
O senador espera encaminhar uma solução sobre o assunto até o final de julho.
"Estamos sendo parceiros e queremos uma contrapartida", afirmou.
Segundo o governador André Puccinelli (PMDB), em outubro de 2008, Mato Grosso do Sul recebia R$ 406 milhões de ICMS, sendo 93,6 milhões do gás boliviano.
Foram 31 milhões de m³ de gás natural, comprados a R$ 3,02.
"Aí, eles fecharam a torneira e baixaram para 19 milhões de m³ de gás natural, ficou a R$ 57,6 milhões", reclama o governador.
Hoje, com a importação de gás natural, o Estado recebe R$ 42 milhões.