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Política

Depois de ultimato, Trad elogia PSDB e espera definição da base aliada

Aline dos Santos e Fabiano Arruda | 23/06/2011 10:13

Prefeito aproveita feriado para percorrer secretarias

“O recado está dado”, alertou prefeito ao fim de reunião. (Foto: Marcelo Victor)
“O recado está dado”, alertou prefeito ao fim de reunião. (Foto: Marcelo Victor)

A decisão do PSDB de permanecer na prefeitura até as convenções partidárias de 2012 foi recebida com elogios pelo prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB). “O PSDB publicou uma nota e colocou um ponto final na história”, salienta o prefeito.

Alvo de críticas de partidos aliados, ou seja que indicam cargos na prefeitura, Trad reagiu e determinou, na última sexta-feira, que todo o secretariado e ocupantes de cargo em comissão assinassem carta de demissão.

“Até pode fazer crítica, mas tem que sair da administração”, esclarece o prefeito. O PSDB deve indicar o deputado federal Reinaldo Azambuja para disputar a prefeitura de Campo Grande.

Porém, em nota oficial divulgada ontem prometeu fidelidade ao prefeito. “O processo democrático, que se afirma nas eleições, tem o seu momento apropriado. Até as convenções temos muito tempo e oportunidades de continuar trabalhando em prol da população de Campo Grande. E é isso que pretendemos fazer”, diz um trecho da nota, assinada pelo presidente diretório municipal do PSDB, Carlos Alberto Assis. O PSDB comanda a secretária de Educação e a Funesp (Fundação Municipal de Esporte).

Espera - Nelsinho afirmou esperar que os outros partidos tomem a decisão certa. O PPS também está na mira do prefeito. O vereador Athayde Nery (PPS) já anunciou ser pré-candidato à sucessão municipal.

Até o ultimato do prefeito, o PPS tinha o comando da Funsat (Fundação Social do Trabalho), da Fundac (Fundação Municipal do Cultura) e do IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande). Mas ontem, a pressão do prefeito resultou em desfiliação. Presidente do IMPCG, Cezar Galhardo deixou o PPS por fidelidade à administração de Nelsinho.

Também na berlinda, o presidente da Fundac, Roberto Figueiredo, conta que o prefeito e representantes do PPS devem se reunir entre hoje e amanhã. Hoje, durante reunião ele ouviu a seguinte declaração do prefeito: “Beto, eu não quero tirar você”.

Figueiredo não é filiado ao PPS, mas ocupa cota de cargos da sigla partidária na prefeitura. “Recebi uma indicação técnica para o cargo”, salienta. O presidente da Fundac minimiza o risco de perder o emprego devido aos motivos políticos. “Eu me sinto ameaçado todo o dia. É um cargo político, isso pode acontecer mesmo. Você dorme sabendo que está no cargo e acorda sem saber”, compara.

Maratona – Das 8h às 18h, o prefeito vai aproveitar o feriado de Corpus Christi para percorrer secretarias e conversar com funcionários. O objetivo é alertar a todos sobre a proibição de fazer campanha política antecipada. Ele também cobrou empenho no trabalho.

“O recado está dado. Dei uma chance de melhorar”, afirmou após a primeira reunião do dia. Às portas fechadas, ele se reuniu com servidores da Segov (Secretaria de Governo), Fundac, Funesp, gabinete e da Agência de regulação de Serviços Públicos Delegados.

“Os partidos da base que têm cargo na administração não podem fazer críticas. Se for fazer críticas, tem que sair da base”, exige o prefeito.

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