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Política

Deputado crítica financiamento privado de campanha, e cobra reforma política

Ludyney Moura | 02/09/2014 15:25
"Enquanto não se instituir o financiamento público de campanha, o sistema eleitoral brasileiro segue refém de um vício degenerativo", declarou Fábio Trad (Foto: Divulgação)
"Enquanto não se instituir o financiamento público de campanha, o sistema eleitoral brasileiro segue refém de um vício degenerativo", declarou Fábio Trad (Foto: Divulgação)

O financiamento das campanhas eleitorais como dinheiro privado foi criticado no Congresso Nacional pelo deputado federal Fábio Trad (PMDB). O parlamentar aponta que por vezes o doador do recursos o faz com motivação “criminosa de submeter a política e os políticos ao domínio de seus interesses particulares”, em detrimento da coisa pública.

"O financiamento milionário de campanhas amesquinha e perverte aquela que deveria ser a essência mesma da Democracia, qual seja, a eleição, como expressão da consciência cidadã e da consagração de propostas majoritariamente acolhidas. E porque corrói e corrompe o processo eleitoral, contamina todo o organismo democrático. Como uma infecção insidiosa", declarou o deputado.

Para o parlamentar, é preciso uma mudança profunda na legislação, par impedir que a doação de dinheiro em períodos eleitorais, seja feito por aquilo que ele considerou “organizações criminosas”, que aliciam agentes públicos e “arrendam” mandatos.

"Enquanto não se instituir o financiamento público de campanha, o sistema eleitoral brasileiro segue refém de um vício degenerativo que, na prática, privatiza e mercantiliza o mais orgânico instrumento democrático, que são as eleições", disse Fábio Trad.O deputado chamou de “leasing” de mandatos, a doação de dinheiro de empresas em troca de

benefícios exclusivos dos parlamentares durante a legislatura, o que contraria a própria democracia como “ instrumento da igualdade de oportunidades”. Uma situação que não apenas limita a atuação do político, como mina a confiança do eleitor na própria democracia.

"A Democracia não tem preço. Por isso mesmo, o processo eleitoral, a campanha e as eleições que legitimam a construção permanente dessa Democracia, não podem continuar reféns dos recursos privados. Sob pena de sermos responsabilizados, perante a história, de negligência ética e renúncia cívica, por permitir que a privatização da política mercantilize cada vez mais a vontade popular", finalizou o parlamentar, para quem a eleição deste ano é fundamental para incutir nos eleitos a consciência de uma reforma política no país.

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