Deputados afirmam que vão conciliar campanha com ações do legislativo
Os deputados estaduais garantiram no retorno após o recesso, que vão conseguir conciliar a campanha eleitoral, com o trabalho no poder legislativo, sem que haja prejuízo na votação e discussão de projetos importantes na Assembleia.
O deputado Antônio Carlos Arroyo (PR), que não irá tentar a reeleição, afirmou que os colegas já estão acostumados com esta dinâmica, pois a maioria já passou por esta situação e não houve problemas no trabalho do legislativo.
"Sabemos que muitas pessoas têm uma visão errada, acreditando que os deputados trabalham pouco, mas a realidade é diferente, além das sessões, temos audiências, eventos e visitas a base eleitoral durante toda a semana".
Arroyo ponderou que os parlamentares irão se desdobrar para conciliar as duas funções, mas que os debates e discussões irão acontecer como antes, assim como aprovação dos projetos. "Não tenho dúvida sobre o trabalho efetivo da Casa nos próximos meses".
Paulo Corrêa (PR) acredita que não haverá prejuízos, já que houveram outras eleições e nunca o trabalho ficou atrasado ou deixou de acontecer. "Temos sessões de terça a quinta, resta os candidatos se adaptarem para estarem no interior nos outros dias".
Já Osvane Ramos (PROS) ressaltou que se a legislação permite que o deputado tente a reeleição no mesmo período em que está atuando no legislativo, não há qualquer impedimento. "Vamos realizar nosso papel como legislador, assim como correr atrás da nossa campanha, temos que nos organizar".
O deputado lembrou que se houver qualquer prejuízo deve ser questionada a reeleição na política, desde vereador até presidente da República. "Sou contra (reeleição), tanto que apoio o movimento nacional pelo fim da reeleição, mas acredito que enquanto existir, não se pode agir no faz de conta, fingindo que está trabalhando".
Proposta - O projeto de resolução do deputado Lauro Davi (PROS) que prevê mudança nos dias das sessões ordinárias durante a campanha eleitoral, ainda não foi discutido entre os deputados. O presidente da Assembleia, o deputado Jerson Domingos (PMDB), afirmou que a questão depende da vontade dos colegas, para ser votado e colocado em prática.
