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Política

Deputados aprovam pacote de reajustes dos servidores públicos

Wendell Reis | 15/05/2012 13:13

Servidores da Iagro conseguiram retirar projeto da categoria de pauta

Projetos foram aprovados sob o olhar atento dos servidores (Foto: Divulgação/ Giuliano Lopes)
Projetos foram aprovados sob o olhar atento dos servidores (Foto: Divulgação/ Giuliano Lopes)

Os deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul aprovaram na sessão desta terça-feira (15) o pacote de reajustes apresentado a Casa pelo Governo do Estado. O pacote inclui, entre outras categorias, a Polícia Civil, 10,23%, e servidores do ensino fundamental do administrativo da Educação, com reajuste de 9,6%. No geral, os servidores públicos do Estado tiveram reajuste de 6%.

A sessão foi ocupada por servidores, que pediram a palavra para manifestar insatisfação, e até pedidos para retiradas de projetos. O primeiro a falar foi o presidente da ADUEMS (Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), Wilson Brum. Durante discurso ele falou sobre a falta de estrutura da universidade, que tem 15 prédios e mais de 8.500 alunos.

Brum se recordou do corte de verba da instituição, que deixou de receber 2% da arrecadação estadual, e disse que hoje a universidade passa por dificuldade, com repasses insuficientes. O presidente da ADUEMS também reclamou da falta de diálogo com o Governo, alegando que os funcionários da UEMS não foram chamados para as negociações. A categoria alega que há uma defasagem de 60% no salário da categoria de 2006 a 2012, se comparado ao reajuste do salário mínimo.

A presidente do Sisems (Sindicato dos Fiscais Agrônomos de MS), Glaucy da Conceição Ortiz, foi a segunda a falar. Ela alegou que não houve avanço nos pontos divergentes do Plano de Cargos e Carreiras da categoria e apresentou um requerimento assinado por 345 servidores que pedia a retirada do projeto até que chegue-se a um equilíbrio de interesse entre o Executivo e os servidores.

O presidente da Assembleia Legislativa, Jerson Domingos (PMDB), atribuiu a ela a responsabilidade sobre o pedido e depois, com aprovação dos líderes de bancadas, retirou o projeto de pauta. “Quem esperou quatro anos... se esperar mais dois meses está no lucro”.

A presidente do sindicato da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), Terezinha Nantes, também falou durante a sessão. Ela disse que os pontos de distorção na carreira não estão contemplados na proposta do governador,citando como exemplo o caso dos técnicos agrícolas, que recebem bem menos do que os gestores, mesmo desempenhando função semelhante. Apesar disso, pediu aos deputados que votassem a favor do pacote de projetos, alegando que contempla parte da categoria que entrou na Agraer recentemente.

O presidente da Fetems (Federação de Trabalhadores da Educação de Mato Grosso do Sul), Roberto Botareli, foi o último a falar em nome dos servidores. Ele disse que a categoria aceitou a proposta de conversar com o Governo em agosto porque os deputados se comprometeram em avalizar o processo. Em troca, os servidores pediram o compromisso dos deputados em cobrar o Governo para que a proposta de melhoria para a categoria vá adiante.

Caso os deputados descumpram este acordo, a Fetems promete uma greve por tempo indeterminado a partir do mês de outubro. Apesar do entendimento, a Fetems pediu para que os servidores do administrativo cumpram apenas a sua função e não se desdobrem para fazer outras atividades e cobrir falta de novos funcionários.

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