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Política

Deputados divergem sobre financiamento público de campanha

Leonardo Rocha | 17/05/2015 15:18
Pedro Kemp defende financiamento público por convicção, mas não acredita que vai ser aprovada (Foto: Roberto Higa/ALMS)
Pedro Kemp defende financiamento público por convicção, mas não acredita que vai ser aprovada (Foto: Roberto Higa/ALMS)
Rinaldo diz que tema é complicado, mas defende doação física de forma espontânea (Foto: Roberto Higa/ALMS)
Rinaldo diz que tema é complicado, mas defende doação física de forma espontânea (Foto: Roberto Higa/ALMS)

Os deputados estaduais têm opiniões divergentes sobre financiamento de campanha, que segundo os principais líderes partidários, se trata do tema de maior impasse no projeto da reforma política, do Congresso Nacional. Existem aqueles que defendem a mudança para o financiamento público e outros preferem limite de valor nas doação de empresas na campanha.

Rinaldo Modesto (PSDB) ressaltou que se trata de um tema polêmico e muito complicado de se discutir na classe política, já que cada um tem uma opinião ou posição contrária, pois envolve a organização e realização da campanha eleitoral. “No meu caso sou um defensor da doação de pessoa física, que vai contribuir com seu candidato ou partido de forma espontânea”, disse o tucano.

Já Lídio Lopes (PEN) ponderou que este financiamento precisa continuar sendo privado, com teto máximo de valor determinado pela Justiça Eleitoral. “No entanto defendo a fórmula que se for feita a doação a um partido, não pode ser doado a outro, já que existem empresas que gostam de contribuir com vários, para se garantir de todos os lados”, ressaltou ele.

Marquinhos Trad (PMDB) destacou que as campanhas políticas, financiadas por empresas, precisam ganhar mecanismos mais efetivos, para que se possa filtrar as ações, para que não fique como é atualmente, onde este financiamento é a grande causa para os esquemas de corrupção.

Já o deputado Pedro Kemp (PT) quer o financiamento público exclusivo de campanha, já que a atual fórmula (privado) utilizada já demonstrou que não é a ideal. “Defendo esta opção por convicção, tem que acabar estes recursos cada vez mais altos de campanha, mas acho difícil aprovar porque muitas pessoas vão se sentir prejudicadas”.

Para o deputado federal Carlos Marum (PMDB), que está participando dos debates sobre reforma política, na Câmara dos Deputados, este é o tema que mais gera divergências, diferente de outros como fim da reeleição e das coligações proporcionais, que já tomam um caminho em comum.

Quando estiveram em Campo Grande, no final de abril, tanto o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), como o relator da reforma política, Marcelo Castro (PMDB-PI), não se alongaram sobre este assunto. O projeto que pode alterar a legislação eleitoral, ainda está em discussão na Câmara dos Deputados.

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