Deputados do PMDB reprovam crise interna do partido
A bancada estadual do PMDB reprovou a crise interna do partido, iniciada por críticas do presidente regional da legenda, Esacheu Nascimento (PMDB), ao prefeito Nelsinho Trad (PMDB). Na avaliação dos deputados, após a derrota na eleição municipal de Campo Grande o PMDB passa por um momento em que é necessário agregar e unir esforços, ao invés de estimular o desgaste.
O deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB) disse ter acompanhado os desentendimentos internos pela imprensa, e avaliou como “infeliz” declaração feita por Esacheu contra os planos de Nelsinho disputar o Governo do Estado, em 2014.
Segundo o dirigente, a candidatura do partido não pode ser definida por “imposição da hegemonia de uma família”, em referência aos Trad.
Para Marquinhos, ainda é cedo para discutir a eleição estadual. Ele adiantou, contudo, que o candidato do partido à sucessão do governador André Puccinelli (PMDB) terá de ser escolhido por meio de pesquisas de intenção de votos. “A questão da candidatura é outro momento para discutir, não agora”, declarou, discordando da postura de Esacheu que antecipou o debate.
Entendimento - Para o deputado estadual Júnior Mocchi (PMDB), o desgaste interno do PMDB é muito ruim. “É natural haver divergências, mas elas precisam ser resolvidas de forma interna”, defendeu.
Vice-presidente do diretório regional do PMDB, Mocchi adiantou que ficará fora da disputa pelo comando do partido no Estado e aconselhou as lideranças a se concentrarem primeiro nas eleições dos diretórios municipais do partido.
Sobre a candidatura de Nelsinho, também evitou aumentar a polêmica. “É um bom nome, mas não é hora nem o momento certo para discutir”, resumiu, ressaltando ainda que o candidato à sucessão estadual deverá surgir da aprovação do partido.