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Política

Deputados federais de MS dizem ser contra emenda que anistia caixa 2

Leonardo Rocha | 25/11/2016 11:37
Carlos Marun durante sessão na Câmara Federal. Ele diz ser contra qualquer emenda sobre caixa 2 (Foto:  Luis Macedo / Câmara dos Deputados)
Carlos Marun durante sessão na Câmara Federal. Ele diz ser contra qualquer emenda sobre caixa 2 (Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados)
Elizeu Dionísio, durante sessão na Câmara Federal. Ele ponderou que emenda seria um retrocesso (Foto: Divulgação)
Elizeu Dionísio, durante sessão na Câmara Federal. Ele ponderou que emenda seria um retrocesso (Foto: Divulgação)
Geraldo Resende, em reunião na Câmara Federal. Ele diz ser a favor apenas as medidas duras contra a corrupção (Foto: Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados)
Geraldo Resende, em reunião na Câmara Federal. Ele diz ser a favor apenas as medidas duras contra a corrupção (Foto: Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados)
Mandetta, durante sessão em Brasília. Ele ressaltou ser contra emenda (Foto: Divulgação)
Mandetta, durante sessão em Brasília. Ele ressaltou ser contra emenda (Foto: Divulgação)

Os deputados federais de Mato Grosso do Sul dizem ser contra qualquer emenda, que possa prever anistia ao caixa 2. Este trecho seria anexado ao pacote anticorrupção, que vai ser votado na Câmara Federal. Eles alegam que não tiveram acesso a este documento e que agora aguardam a definição do relatório final.

Elizeu Dionísio (PSDB) explicou que apenas "ouviu falar" sobre esta emenda, mas que acredita ser um "retrocesso" criar uma anistia para o caixa 2, que se trata de um dinheiro não contabilizado, nas campanhas eleitorais. Ele reclamou que já houve muitas mudanças no relatório final, por isso quer analisar o documento com calma, antes de votar.

"Sou a favor das medidas contra corrupção, mas tenho algumas ressalvas, como conceder até 20% de dinheiro de origem de furto, para aquele que denunciar a prática (corrupção), acredito que é algo extremamente nocivo". Geraldo Resende (PSDB) declarou ser a favor das medidas duras contra a corrupção, mas contra qualquer anistia ao caixa 2.

Luiz Henrique Mandetta (DEM) destacou ser contra emenda que tenha como função "conceder benefício retroativo, ao que já foi feito no passado". O parlamentar ponderou que o texto final deve ser analisado com calma, e ter votação nominal. "A sociedade quer saber o posicionamento de cada um".

Dagoberto Nogueira (PDT) também se posicionou contra qualquer emenda de anistia e a favor das medidas contra corrupção. "Esta mudança iria prejudicar investigações em curso e acabar com as dez medidas do MPF, conseguimos adiar esta votação".

Já Zeca do PT ressaltou que os deputados devem votar pela "rejeição" do atual relatório e começar o trabalho desde o início. "O MPF (Ministério Público Federal) se colocou como uma postura arrogante, querendo interferir na Câmara (Federal), mas não quer ser julgado por ninguém, sobre esta tal emenda do caixa 2, ainda não existe crime, para ser anistiado".

Carlos Marun (PMDB) afirmou que vai ser favorável ao projeto de iniciativa popular, encaminhado pelo MPF, sem apoiar qualquer emenda sobre o caixa 2. Entretanto o deputado disse que o projeto deve ser melhor esclarecido para a sociedade.

"A verdade é que a proposta do MPF torna a prática de caixa 2 inimputável para as ocorrências antes da promulgação da lei. Deveria ser dito com franqueza à população e não constranger a Câmara, pois se o MPF não retirar este trecho e criminalizar (caixa 2), não poderá ser punido os casos anteriores, pois não há lei penal que retroage", disse Marun.

Vander Loubet (PT) informou que só vai se posicionar sobre o tema, após ter acesso ao relatório final do projeto, incluindo esta eventual emenda sobre caixa 2. Entramos em contato com a deputada Tereza Cristina (PSB), mas ela não atendeu as ligações.

Projeto - O MPF encaminhou um projeto para Câmara Federal, por iniciativas popular, que prevê um pacote de medidas contra a corrupção. Entre as ações está mais transparência no serviço público, crime de enriquecimento ilícito de servidores, com confisco de bens.

Aumento e penas mais duras para corrupção e estelionato, agilidade na tramitação de processos de improbidade administrativa, busca pela recuperação do lucro do crime, entre outras medidas. O relatório final seria votado ontem (24), mas foi adiado para semana que vem.

Uma das principais polêmicas, foi uma eventual emenda de última hora, que previa anistia ao caixa 2, nas esferas penal, civil e eleitoral. O documento circulou na Câmara Federal, durante a madrugada de ontem (24), sem assinatura dos parlamentares.

Dagoberto se manifestou contra a emenda e a favor das medidas contra corrupção (Foto: Divulgação)
Dagoberto se manifestou contra a emenda e a favor das medidas contra corrupção (Foto: Divulgação)
Zeca do PT, durante sessão em Brasília. Ele quer que trabalho seja refeito (Foto: Divulgação)
Zeca do PT, durante sessão em Brasília. Ele quer que trabalho seja refeito (Foto: Divulgação)
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