Deputados voltam a assumir obras de autoria do governo
Na próxima quarta-feira, os deputados estaduais, todos os secretários estaduais e o governador André Puccinelli têm um jantar com um cardápio bastante peculiar: decidir que obras do governo serão carimbadas por qual parlamentar. Horário e local da reunião ainda não foram definidos.
Assim como no ano passado, os deputados escolherão obras do governo do Estado, muitas já em execução, para assumir como se tivessem sido requisitadas por eles. Isso faz parte do acordo do governo com a bancada de sustentação para que os deputados possam agradar suas bases eleitorais.
Na prática, cada deputado pode indicar R$ 500 mil através de emendas parlamentares e assumir mais R$ 500 mil de obras do governo. "Acho natural, acabou sendo R$ 1 milhão por deputado. Querendo ou não é uma obra do deputado", afirma o vice-líder do governo, Márcio Fernandes (PSDB).
A participação de parlamentares da oposição nesta reunião é improvável, mas não impossível. O deputado Pedro Kemp (PT) já antecipou que considera o prato indigesto e que não participará do jantar. "Seria uma incoerência assumir uma obra que não é nossa", afirmou.
Mas o deputado Amarildo Cruz (PT) diz que, na reunião anterior, na segunda-feira, irá discutir a participação do partido no encontro seguinte. Neste primeiro encontro, a reunião deverá contar com a presença dos 24 deputados estaduais, de três secretárias estaduais e do governador.
Os parlamentares discutirão, na segunda-feira, as emendas parlamentares que devem ficar restritas a três áreas: saúde, educação e assistência social. Devem participar do encontro as secretárias Beatriz Dobashi (Saúde), Nilene Badeca (Educação) e Tânia Garib (Assistência Social).
Márcio Fernandes acredita que Saúde e Educação devem receber R$ 200 mil (cada) de emenda por parlamentar. Já a área de assistência social ficaria com R$ 100 mil de cada deputado.
