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Política

Descontente com corrupção, eleitor apoia mudanças no sistema político

Ludyney Moura | 31/10/2014 18:09
“Com certeza precisamos de mudanças. São muitos escândalos de corrupção, e as pessoas estão desiludidas, e a tendência é esse sentimento só aumentar”, Mateus Fernandes, 18 anos, estudante (Foto: Alessandro Martins)
“Com certeza precisamos de mudanças. São muitos escândalos de corrupção, e as pessoas estão desiludidas, e a tendência é esse sentimento só aumentar”, Mateus Fernandes, 18 anos, estudante (Foto: Alessandro Martins)
“Está na hora de mudanças. As pessoas ficam desacreditas e influenciam outras pessoas. Para começar o voto deveria ser facultativo, igual aos Estados Unidos”, Carlos Nery, 60 anos, administrador (Foto: Alessandro Martins)
“Está na hora de mudanças. As pessoas ficam desacreditas e influenciam outras pessoas. Para começar o voto deveria ser facultativo, igual aos Estados Unidos”, Carlos Nery, 60 anos, administrador (Foto: Alessandro Martins)

A significativa abstenção registrada no segundo turno das eleições gerais deste ano, 23,3%, é mais uma amostra de que a população em geral, e não apenas o eleitor, deseja mudanças no sistema político brasileiro.

Para o sociólogo Paulo Cabral, há uma “necessidade urgente” de reforma política no país. Ele explica que a partir apenas de um dos pontos dessa reforma, o voto obrigatório, a população já sentiria mudanças nos quadros políticos.

“Assim se exige que os partidos selecionem melhor seus quadros, e em decorrência disso, começam a surgir novas lideranças. E ai quem sabe consigamos acabar de uma vez por todas com essa coisa do ranço do coronelismo, onde são sempre os mesmos, as mesmas famílias, apenas uma alternância de A contra B, que não permite o surgimento de C, D ou F”, pontua.

“O nível da discussão política é muito baixo. Não se discute solução para a cidade, para o Estado ou para o país, mas sim que é melhor ou pior de caráter. É preciso elevar o discurso político”, Moaycir Oires, 53 anos, proprietário de um banca de revistas (Foto: Alessandro Martins)
“O nível da discussão política é muito baixo. Não se discute solução para a cidade, para o Estado ou para o país, mas sim que é melhor ou pior de caráter. É preciso elevar o discurso político”, Moaycir Oires, 53 anos, proprietário de um banca de revistas (Foto: Alessandro Martins)
“Há uma falta de crédito nos políticos, é muita corrupção. Depois do que aconteceu com o Bernal (Alcides Bernal, prefeito cassado da Capital em março de 2014), onde vereadores decidiram cassar e anularam a vontade das urnas, parece que nosso voto não vale mais nada”, Alessandro dos Santos, 39 anos, empresário (Foto: Alessandro Martins)
“Há uma falta de crédito nos políticos, é muita corrupção. Depois do que aconteceu com o Bernal (Alcides Bernal, prefeito cassado da Capital em março de 2014), onde vereadores decidiram cassar e anularam a vontade das urnas, parece que nosso voto não vale mais nada”, Alessandro dos Santos, 39 anos, empresário (Foto: Alessandro Martins)

Entre os pontos que deverão constar na reforma política a ser implementada pela presidente reeleita Dilma Rousseff (PT), estão o fim do financiamento de campanha por empresas privadas, e adoção de um modelo mais democrático, que coloque o Estado como indutor de um processo mais igualitário.

“A polarização entre forças políticas acaba sendo útil para que oligarquias se perpetuem no poder”, frisa Cabral.

Outros pontos como mudanças nas eleições proporcionais, paridade de gênero na lista de candidatos, extinção da vaga de suplente na disputa pelo Senado, também devem entrar na pauta da reforma política.

A presidente reeleita terá que decidir, com aprovação do Congresso Nacional, será reforma terá uma participação direta da sociedade por meio de um plebiscito, convocado previamente à criação do ato legislativo ou administrativo que trate do assunto em pauta, ou por referendo, convocado posteriormente, cabendo ao povo ratificar ou rejeitar a proposta.

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