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Política

Dirceu diz que Dilma pode ter 2 palanques em MS

Redação | 06/03/2009 12:01

Em Campo Grande, onde participa de agenda da corrente interna petista CNB (Construindo um Novo Brasil), o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, afirmou que o partido em Mato Grosso do Sul não deve ter pressa em decidir se vai ter candidato próprio ao governo do Estado. "O melhor caminho é não tomar nenhuma decisão. Não tem eleição este ano", afirmou.

O PT tem duas opções: apoiar a reeleição do governador André Puccinelli (PMDB) em troca de apoio à candidatura do PT à presidência da República ou lançar candidato próprio ao governo. A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, é a virtual candidata à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Para Dirceu, a eleição para a presidência da República é prioridade do partido, mas isso não impede que existam dois palanques para Dilma Roussef em Mato Grosso do Sul: uma do PT e outra do PMDB.

Dirceu afirmou que o PT do Estado já tem uma chapa forte composta pelo ex-governador Zeca do PT e pelo senador Delcídio do Amaral (PT-MS). Mas enquanto o partido não decide o rumo em Mato Grosso do Sul, o ex-ministro recomenda que seja mantida a postura de oposição ao governo André Puccinelli.

Filme - Estrela nacional do partido, José Dirceu fez, em Campo Grande, uma palestra sobre a crise econômica mundial. E o cenário, um cinema (o Cine Cultura, no Pátio Avenida, na avenida Afonso Pena), não poderia ser mais apropriado para quem tem uma história como a dele.

Para alguns, José Dirceu é um herói injustiçado; para outros, um criminoso. Seja qual for o ponto de vista, não há como não dizer que o ex-ministro e ex-deputado federal tem uma história digna de um roteiro de um bom filme.

Líder estudantil, José Dirceu de Oliveira e Silva foi preso em 1968, deportado para o México um ano depois e exilou-se em Cuba. Para não ser reconhecido e voltar ao Brasil, ele fez plásticas e adotou o nome falso de "Carlos Henrique Gouveia de Mello".

Em Cruzeiro D´Oeste, no Paraná, casou-se com sua primeira esposa, Clara Becker, de quem também escondeu o seu passado e sua verdadeira identidade.

Zé Dirceu é um dos fundadores do PT e presidiu o partido na década de 90. Ele foi ministro-chefe da Casa Civil do governo Lula, mas pediu demissão do cargo após denúncias de corrupção e acusações do deputado federal Roberto Jefferson (PTB) de que o então ministro chefiaria o "mensalão" (esquema de compra de deputados).

Em seguida, Dirceu voltou a seu antigo cargo de deputado federal, mas teve o mandato cassado por quebra de decoro parlamentar. José Dirceu está inelegível até 2015.

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