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Política

Edil abandona campanha de Murilo e denuncia descaso

Redação | 08/09/2010 07:18

O vice-prefeito de Campo Grande, Edil Albuquerque, resolveu abandonar a campanha de Murilo Zauith (DEM) ao Senado, da qual era primeiro suplente.

Ele alega que o comando do PMDB estava fazendo a campanha de Waldemir Moka e do "adversário" Delcídio do Amaral (PT), em detrimento do projeto de Murilo.

"Tudo que foi prometido não foi cumprido", disparou, alegando que o governador André Puccinelli (PMDB) foi lhe "buscar em casa" para a campanha de Murilo, mas depois não cumpriu acordos políticos.

Edil exemplificou a falta de apoio político a Murilo falando sobre uma reunião ocorrida sábado em Sonora com prefeitos e lideranças da região Norte do Estado.

Moka e Delcídio "apareceram" na reunião, ofuscando Murilo durante o encontro. Edil insinuou que esse é um forte indício de que realmente os dois estão fazendo "campanha casada" pelo interior.

O "casamento" entre Edil e Murilo começou conturbado e com crises entre o vice-prefeito e o governador. Uma suposta declaração de Puccinelli, de que elegeria Moka e Delcídio para o Senado, sem citar Murilo, deflagrou o problema.

Edil afirmou à época que foi enganado duas vezes pelo governador: inicialmente ao ser convidado para ser candidato a deputado estadual e novamente ao ser convidado para disputar a suplência. "Tive duas vezes a candidatura inserida e retirada sem a mínima autorização", afirmou, em junho deste ano.

Depois de várias rodadas de conversa, Edil retomou o projeto, mas agora decidiu romper novamente, a menos de um mês das eleições.

Ontem, durante o desfile da Independência, no centro de Campo Grande, o governador André Puccinelli (PMDB) já dava sinais de que a relação entre ele e Murilo estava abalada.

Atuando como uma espécie de "bombeiro", ele fez questão de ressaltar à imprensa de que dará, daqui pra frente, mais apoio ao projeto político de Murilo.

"No próprio programa do Murilo eu tenho aparecido ao lado, fazendo depoimentos a ele que são verdadeiros, porque ele me auxiliou muito no governo. Os depoimentos são para que ele se torne conhecido como um partícipe da construção do Estado, que nós juntos fizemos", declarou.

Questionado pelo Campo Grande News se esse reforço também se estenderia a Moka, Puccinelli reforçou o foco em Murilo. "Vou reforçar ambos, mas o Murilo precisa mais de mim, vou intensificar mais ainda em relação a ele", finalizou.

A reportagem tentou entrar em contato com Puccinelli nesta manhã, mas não foi possível falar com o governador. A informação é que ele está mantendo reuniões no gabinete e que, à tarde, viaja para Corumbá.

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